Salvador

RODOVIÁRIOS PROMETEM PROTESTOS NA SEXTA E PODE FALTAR ÔNIBUS

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| 12/05/2011 às 19:13
Rodoviários prometem protestos a partir desta sexta-feira, 13
Foto: GM

Encerrada a última rodada de negociação agendada com os sindicatos patronais nesta quinta-feira (11), sem acordo, a direção do Sindicato dos Rodoviários se reúne para programar as manifestações de protesto que podem ocorrer já nesta sexta-feira. Foi a nona rodada de negociação com os sindicatos das empresas dos sistemas urbano e intermunicipal e a contraproposta apresentada não repõe sequer a inflação do período.

"Fomos para a mesa sempre dispostos a negociar o índice solicitado pela categoria, que é de 18%, mas é preciso que a contraproposta possa pelo menos ser apresentada numa assembléia. Com esse número aí não dá", rebate o presidente da entidade Manoel Machado.


Diante do impasse, além da manifestação de amanhã, o Sindicato está conclamando a categoria para uma assembléia decisiva, na segunda-feira, nos dois turnos. A greve por tempo indeterminado está na pauta. "Esgotamos todo o calendário de negociação sem que os empresários mostrassem a mínima vontade para discutir com seriedade as reivindicações dos trabalhadores", destaca o sindicalista Hélio Ferreira, diretor tesoureiro do Sindicato dos Rodoviários. E conclui: "Estamos dispostos a ir à greve. Mas abertos a negociação até o último minuto".


Hélio entende que não há justificativa para a intransigência dos empresários, que em janeiro receberam um reajuste de 8,6% na tarifa. "Na planilha que a Prefeitura analisa para definir o reajuste já tem embutido o percentual de reajuste no salário dos trabalhadores. Portanto, há mais de quatro meses eles embolsam esse percentual". Hélio também lamenta a ausência do poder público nas negociações.
 
"O transporte é uma concessão pública e a Prefeitura, como gerente do sistema, tinha que acompanhar esse processo mais de perto para não permitir essa desgastante situação de impasse". Para ele, depois de nove rodadas de negociação, os trabalhadores não têm alternativa. "Se houver greve, a responsabilidade é inteiramente dos patrões".