Clarissa Pacheco

O corpo de um fazendeiro de 55 anos foi encontrado por familiares no início da madrugada deste sábado, 7, dentro da cisterna da fazenda onde ele morava, no município de Olindina, a 272 km de Salvador. Segundo informações da polícia local, Antonio Damasceno, de 55 anos, foi torturado antes de ser jogado em uma cisterna da propriedade, ainda durante a noite de ontem.

De acordo com Robson Matos da Gama, de 30 anos, amigo da família, o assassinato foi cometido com requintes de crueldade: antes de ter uma moto roubada, Antonio foi abordado por três homens, que o amarraram, estrangularam e colocaram um saco com pedras em volta da cabeça. Em seguida, o homem foi jogado em uma cisterna.

De acordo com o investigador da Polícia Civil de Olindina, Jorge Welder, que deu o flagrante nos acusados de serem os autores do crime, o corpo de Antônio Damasceno foi encontrado por um dos filhos, que sentiu a falta do pai ao chegar em casa.

"Ele percebeu que já tinha passado da hora e saiu em busca do pai. Pouco tempo depois, recebemos denúncias anônimas na delegacia e conseguimos prender os três suspeitos do crime, que roubaram uma moto da fazenda da vítima", explicou o investigador.

Rafael Prado de Melo, conhecido como Paulista, o menor E. S. S., de 17 anos, e Maxwell Santana Silva, conhecido como Gordo, que estava em liberdade provisória, foram presos em operações conjunta da Polícia Militar e Civil de Olindina.

Logo após a prisão dos acusados, segundo Jorge Welder, os três homens precisaram ser transferidos para a delegacia de Itapicuru, onde foram autuados em flagrante pelo delegado Geraldo Costa. "Muitas pessoas tentaram invadir a delegacia para linchá-los. Para manter a integridade física, decidimos, junto com o Delegado Regional Miguel Vieira, que era melhor transferi-los imediatamente", explicou o agente.

O corpo de Antonio Damasceno foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) da cidade de Alagoinhas, a cerca de 100 km de onde foi cometido o crime. O sepultamento está marcado para este sábado, às 16h, no Cemitério de Olindina. O fazendeiro era casado e tinha seis filhos. (A Tarde)