Salvador

EMPRESÁRIO DO CARNAVAL NÃO CUMPRE ACORDO COM A PRAÇA DE ONDINA

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| 07/05/2011 às 15:05
 A principal vista da Praia de Ondina está encoberta por tapumes. Por trás da estrutura de madeira, onde já deveria estar funcionando há pelo menos sete dias - segundo prazo divulgado pela prefeitura (Sucom) - uma praça reformada e aberta ao público, homens trabalham em um canteiro de obras à beira-mar, onde ainda há muito o que fazer.

O processo de reforma da praça começou em 2010, quando um processo licitatório disponibilizou a área de 9 mil m², na Av. Oceânica, para concessão até 2015. A empresa Premium Produções venceu a disputa e, no local, instalou o camarote Salvador, um dos maiores do circuito Barra/Ondina.

Em contrapartida, foi  definido o pagamento de R$ 1 milhão à prefeitura; instalação de arquibancada para uso no Carnaval e realização de benfeitorias permanentes na área explorada.

Prazos incertos - Desde o início da concessão, a determinação dos prazos é incerta. Em documento apresentado pelos comerciantes, a concessionária e a Superintendência de Controle e Ordenamento do Uso do Solo (Sucom) garantem devolução do espaço 45 dias após o Carnaval, enquanto o edital de licitação faz referência à "entrega após a desmontagem da estrutura utilizada durante os festejos".

Na época da folia, o titular da Sucom, Cláudio Silva, disse que a Premium Produções teria 20 dias para desmontar o camarote, e  mais 30 para a requalificação da praça. Todos os  prazos já venceram. Antes da ocupação, no espaço funcionavam - além de uma praça e quadras esportivas - lanchonete, banca de revistas e quatro quiosques de venda de coco.

Após a licitação, os comerciantes foram removidos para outro espaço, com estrutura temporária e promessa de retorno em 45 dias após o Carnaval.  "Não recebemos nada para sair. Simplesmente aceitamos com medo de acontecer coisa pior, como o que houve com os barraqueiros de praia", comentou o vendedor de coco Jurandir Xavier, 53 anos.

O dono da banca de revistas, Marco Aurélio Castro, 54 anos, por sua vez, contabiliza o prejuízo: "A reforma é importante, porque o local estava praticamente abandonado, mas aqui (em frente ao Colégio Isba) vendemos 40% a menos'.

A TARDE entrou em contato com as assessorias de comunicação da Sucom e da Premium Produções, mas, até o fechamento da reportagem, não houve nenhuma resposta sobre a situação em Ondina.