Um movimento político organizado pela sociedade civil de Salvador e liderado por profissionais de diversas áreas e jovens universitários militantes, denominado de "Eu quero VLT em Salvador", cresce fortemente através das mídias independentes e redes sociais e vem conseguindo angariar inúmeros adeptos entre a população.

Em menos de uma semana, a petição pública organizada pelos ativistas prol VLT (Veículos Leves sobre Trilhos) já conseguiu acumular mais de 2.180 assinaturas até esta manhã (18/04), tendo recebido, em média, nos últimos dois dias, mais de 80 adesões por hora. O grupo estabeleceu como meta alcançar a marca mais próxima de 30.000 assinaturas, representando 1% da população da cidade (3 milhões).

Agora, nesta segunda-feira, o grupo reuni-se com políticos e lideranças partidárias da Bahia, tanto da esfera federal quanto estadual e municipal, para solicitar apoio ao movimento e demonstrar que a população soteropolitana está bem informada e já possui um opinião formada acerca da melhor alternativa de sistema de mobilidade urbana e transporte público a ser implementada em Salvador: "A população soteropolitana deseja e não abre mão de ser ouvida antes da decisão final do governador", disse lideranças do movimento.

A meta principal é evitar a implantação do BRT (Bus Rapid Transport) na cidade (sobretudo na região Rótula do Abacaxi-Paralela-Aeroporto), no qual, segundo os especialistas em transporte, tanto do grupo quanto de universidades, se gastaria a mesma quantia de recursos financeiros públicos para não resolver o problema de transporte público e mobilidade urbana em Salvador, com o agravamento do aumento da poluição ambiental e de engarrafamentos nas avenidas.

Para os adeptos do VLT, esse meio de transporte, que será implementado nas demais capitais nordestinas e outras cidades brasileiras, tornaria, ainda, viável o interesse de empresas em gerir e pôr em funcionamento os 6 Km de metrô já construídos (Lapa-Rótula de Abacaxi).

Segundo o professor universitário de Letras e jornalista Paulo Santos, a sociedade soteropolitana deve aproveitar esse momento em que o país busca requalificar sua infra-estrutura para eventos internacionais de grande importância, como a COPA do Mundo do Brasil e as Olimpíadas no Rio de Janeiro (da qual a cidade de Salvador será uma das sub-sedes oficiais), para, ao menos, tentar minimizar os grandes problemas de infra-estrutura das metrópoles brasileiras, como é o caso do sistema de transporte público de Salvador.

Paulo Pereira

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