Salvador

PROTESTO DE COMERCIÁRIOS POR MELHORES SALÁRIOS NO SALVADOR SHOPPING

VIDE
| 15/04/2011 às 11:25

Representantes do Sindicato dos Comerciários protestam, na manhã desta sexta-feira, 15, nas dependências do Salvador Shopping, na Avenida Tancredo Neves. A categoria cobra reajuste salarial de 13%, pagamento pelo trabalho de todos os domingos do ano e manutenção da cláusula que estabelece o Dia do Comerciário como feriado.

Desde o mês de março, o Sindicato dos Comerciários de Salvador tem interrompido temporariamente o funcionamento de supermercados, atacados, concessionárias e shoppings centers da cidade. De acordo com informações do sindicato, a decisão de paralisar as atividades e atrasar a abertura do shopping nesta sexta-feira foi tomada em assembleia na última quarta-feira, 13.


Os representantes do sindicato se reuniram em frente ao estabelecimento a partir das 7h30, mas o shopping abriu normalmente. Eles protestaram dentro do estabelecimento fazendo barulho, gritando palavras de ordem e pedindo a adesão dos comerciários, sem sucesso. De acordo com eles, os trabalhadores não se juntam ao movimento por medo de represálias. Policiais acompanharam a manifestação.


Além da questão salarial, os funcionários reclamam da discriminação dentro do shopping, já que os funcionários não podem circular fardados no estabelecimento nem almoçar nos restaurantes do shopping usando a vestimenta da loja onde trabalham.

Patronato - Para Paulo Motta, presidente do Sindicato dos Lojistas do Comércio do Estado da Bahia (Sindilojas), a proposta do patronato é a mesma da última rodada de negociações. "Para quem ganha acima do piso, de R$ 573, nossa proposta é de 6,36% de reajuste. Para quem recebe entre R$525 e R$ 573, o aumento seria de 7,4%".

Segundo Joelson Dourado, presidente do Sindicato dos Comerciários, a proposta de 7,4% não é suficiente. "Nosso piso salarial, de R$ 573, é um dos piores do Brasil. Nós defendemos um piso salarial decente. Consideramos 7,4% um reajuste muito tímido. Essas mobilizações são para pressionar os empresários a oferecerem um reajuste satisfatório", afirmou.
(A TARDE)