O garoto L.S.S, de cinco anos, morreu no Hospital São Rafael, na manhã desta quarta-feira, 13, após sofrer duas paradas cardiorrespiratórias. O menino foi vítima do acidente de trânsito que aconteceu, por volta das 7h50, na Avenida Pinto de Aguiar, em Pituaçu. A criança estava na cadeirinha no banco traseiro do veículo Corsa Classic prata de placa JSY 5259 dirigido pelo pai, Marcos José da Costa, que o levava para o Colégio Marista, em Patamares.

Diferente do que foi divulgado inicialmente, a criança não foi projetada para fora do carro. As circunstâncias do acidente, no entanto, ainda não estão totalmente esclarecidas.

O Corsa foi atingido lateralmente pelo veículo Ford Focus JQS 6684, veículo oficial do Tribunal de Justiça da Bahia, dirigido por Cleidenilson de Araújo Souza, que seguia para a orla da cidade, onde pegaria um passageiro.

Segundo o supervisor da Transalvador, Erasmo Andrade, que esteve no local pela manhã, Cleidenilson informou que o condutor do Corsa havia feito uma manobra irregular para retornar no sentido do bairro São Rafael. Não há informações se o motorista do Focus vinha em alta velocidade, uma versão que também foi levantada inicialmente.

Atendimento - Antes da chegada do Samu ao local do acidente, o empresário Judimandro Vicente Ferreira, 35, que testemunhou o acidente, retirou a criança da cadeirinha e iniciou massagem cardiaca. Segundo afirmou em depoimento na 9ª Delegacia, da Boca do Rio, ele possui curso e está habilitado para o procedimento. Judimandro disse, ainda, que Marcos fez uma manobra proibida na via.

Em seguida, uma médica e dois enfermeiros que passavam pelo local de carro, pararam e deram continuidade à massagem até a chegada da ambulância do Samu. A equipe do serviço conseguiu reanimar a criança após 30 minutos de massagem cardíaca levando-a, em seguida, para o Hospital São Rafael.

De acordo com informações da assessoria do hospital, o garoto foi a óbito logo depois de dar entrada na instituição. Ele chegou com um quadro de parada cardiorrespiratória, mas a equipe médica não conseguiu reanimá-lo novamente.

O pai do garoto, Marcos José da Costa, continua internado no setor de emergência do hospital em observação e, segundo os médicos, seu quadro é estável. Ele teve um corte na parte posterior do crânio e ainda faz exames.

O hospital negou a demora no atendimento às vítimas do acidente, contestando informações do avô do garoto, Dilenor Figueiredo da Silva, 72, que davam conta de que os feridos não teriam sido atendidos prontamente por falta de documentação. Conforme informações da assessoria, os dois chegaram à unidade sem documentos, mas possuíam cadastro e foram prontamente atendidos pela equipe médica. (A Tarde)