Salvador

POLICIA CONCLUI INQUÉRITO SOBRE MORTE DO POLICIAL VALMIR E ACUSA SEIS

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| 06/04/2011 às 07:01

A Corregedoria da Polícia Civil concluiu o inquérito que investigou a ação realizada por policiais da Delegacia de Tóxicos e Entorpecentes (DTE), em 2 de março, na Pituba, que culminou na morte do policial Valmir Borges Gomes, 54, lotado na Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos (DRFR). Ao final da investigação, foram denunciadas seis pessoas pelo crime de formação de quadrilha que, ao lado de Valmir Gomes, tentaram extorquir um rapaz de prenome Luís Felipe, de 19 anos, detido com frascos de lança-perfume.


Os nomes de dois foragidos foram apresentados, durante entrevista coletiva realizada nesta terça-feira, 5, à tarde, na sede da Secretaria da Segurança Pública (SSP). Os foragidos, informantes da polícia (X9), são Philippe Teixeira Pimentel Dávila Costa e Valter José Farias Dantas. Além de Valmir e dos foragidos, formavam a quadrilha os policiais civis Antônio Dante Barbosa Ferreira e Jurandir Desidério (da DRFR); e os X9 Geison Sérgio Cerqueira da Silva e Leonardo Gonçalves Almeida.


Segundo as investigações, a quadrilha exigiu R$ 10 mil para liberar o jovem flagrado com lança-perfume e marcou um encontro com ele no bairro da Pituba. O padrasto do garoto, que é vizinho de um delegado da Corregedoria Geral da SSP, ligou para o conhecido, que intermediou o contato com a Corregedoria da Polícia Civil. Segundo a versão oficial, a polícia armou o flagrante, Valmir reagiu e acabou morto, após troca de tiros com os colegas da DTE.


Inquéritos 

A delegada Iracema Silva de Jesus, corregedora da Polícia Civil, informou que a quadrilha já responde a quatro inquéritos no órgão por extorsão a comerciantes sem notas fiscais e a vendedores de anabolizantes em academias. De acordo com a promotora de Justiça Ediene Lousado, do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas e de Investigações Criminais do Ministério Público baiano (Gaeco/MP-BA), o objetivo da quadrilha era extorquir um grande traficante de lança-perfume que teria contato com o rapaz.


A promotora denunciou à Justiça os seis criminosos por formação de quadrilha. Dante, Geison e Philippe foram denunciados, ainda, por resistência qualificada e concussão (quando o funcionário público se aproveita da função para exigir vantagem). O trio estava no mesmo carro que Valmir. Este, segundo Iracema de Jesus, foi morto com três tiros, no braço, tórax e ombro.