A participação das mulheres no mercado de trabalho tem crescido cada vez mais. Algumas funções com mais expressividade que outras. Atualmente no Estado da Bahia, dos 300 mil comerciários, 150 mil são do sexo feminino. A informação é da Federação dos Empregados de Bens e Serviços do Estado da Bahia (Fecombase). Embora o universo feminino tenha avançado no território profissional, esta ocupação não se dá de forma igualitária a exemplo de salários menores aos mesmos cargos que os homens exercem. Por esta razão, é que acontece amanhã, dia 26, a partir das 9 horas, no auditório da Fecombase, o I Seminário das Mulheres Comerciárias da Bahia.

O objetivo do evento é combater esta prática, segundo o presidente da Federação dos Empregados de Bens e Serviços do Estado da Bahia (Fecombase), Márcio Fatel. "Ainda que a atuação feminina tenha se expandido, estudos do Dieese identificam que mulheres tem remuneração inferior aos homens ainda que desempenhe a mesma função".

O debate será realizado pela sindicalista que chefia a Coordenadoria da Mulher da Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio (CNTC), Helena Ribeiro Silva e a dirigente da União Geral dos Trabalhadores (UGT) na área da saúde e da segurança do trabalho, que é também dirigente do Sindicato dos Comerciários de São Paulo, Cleonice Caetano.

A desvalorização da mulher no mercado de trabalho tem um déficit de quase 30% no salário em Recife, segundo Helena Silva que destaca ainda outros obstáculos. "Lá nós recebemos 76% do que um homem ganha na mesma função. Já as responsabilidades do lar são maiores para as mulheres. Se o filho adoece quem falta no trabalho? E quem vai para a reunião de pais e mestres na escola? Queremos pedir ao governo para ratificar a convenção 156 da OIT (Organização Internacional do Trabalho) que trata sobre a igualdade de oportunidades e tratamento".