Após ser morto, o executor tentou eliminar as provas do crime enterrando a vítima numa cova rasa, dentro do quintal, da casa localizada na Rua Macapá, N.º 66, do bairro São Brás, zona sul da cidade de Prado. Na cena do crime, foram encontrados diversos pontos contendo sangue. Uma pá e uma enxada estavam ao lado do corpo enterrado. A vítima morava há poucos metros de onde foi achado morto.
De acordo com policiais do 4º Pelotão da Polícia Militar de Prado, o corpo foi localizado por volta das 07h40min da manhã deste domingo (20) por EDNA DA SILVA BRAÚNA (38 anos, proprietária da residência onde o corpo foi encontrado enterrado). Em depoimento à polícia, relatou que esteve num bar, entre o horário de 20h30min e 23:00 horas, deste sábado (19). Segundo a depoente, enquanto esteve ausente, seu filho V.B.C. (13 anos) permaneceu na casa.
Vizinhos relataram ter ouvido barulhos estranhos, entre 20h30min e 21:00 horas. Minutos depois, escutaram o menor V.B.C. convidar um vizinho para jogar gude. Na cena do crime, estes mesmos vizinhos concluíram que os ruídos eram as pancadas desferidas na vítima.
O levantamento cadavérico foi realizado pelo policial civil, José Roberto. De acordo com as evidências iniciais, a vítima morreu há poucos metros de onde foi enterrado, contrapondo a versão de que pudesse ter sido morto fora da residência e arrastado para o quintal. Sinais de sangue foram localizados formando duas poças. Houve a tentativa de apagar as marcas de sangue usando água. De um lado do muro foram localizadas pequenas marcas de sangue, no outro lado, foi encontrado um balde, possivelmente utilizado para retirar a terra ensangüentada.
O corpo foi removido, por Darlon da Funerária Prado, para o Instituto Médico Legal (IML) de Itamaraju, onde será submetido à procedimentos de autopsia. Não bastasse a violência contra um pequenino, quando foi desenterrado estava sem roupas. Por este fato, acredita-se que ele tenha sofrido violência sexual.
Não diferente de outros crimes, este requer uma imediata resposta das autoridades policiais. Os próximos passos dependem do trabalho de investigação da Polícia Civil de Prado. Se agir com o mesmo rigor, empenho e compromisso, com que vem trabalhando a polícia militar, a sociedade pradense pode esperar a identificação do responsável por esta barbaridade e a punição necessária, prevista no Código Penal Brasileiro.
A Delegada Titular de Prado, Rosângela dos Santos, não estava no município para acompanhar os trabalhos iniciais de perícia, assim como não esteve na última terça-feira (15) quando, segundo consta no Boletim de Ocorrências do 4º Pelotão da Polícia Militar de Prado, autorizou que Darlon da Funerária Prado realizasse o procedimento de levantamento cadavérico. Desde que assumiu a Delegacia de Prado, a delegada tem estabelecido um estilo próprio, talvez por conta disto, o trabalho da polícia militar tenha suprimido ações da Polícia Civil de Prado. (Primeiro Jornal)
A delegada tem dificultado o acesso À informação, por profissionais de imprensa, que só conseguem divulgar o trabalho da polícia se acompanhar - em tempo real - as ações da Polícia Militar. A Constituição Federal garante, no Artigo 5º, Inciso XIV, o acesso à informação e a liberdade de imprensa. A grande maioria das autoridades policiais brasileiras prima pela divulgação de ações, em resposta ao trabalho realizado na sociedade, diferente da Polícia Civil de Prado.