O bloqueio causou congestionamento de quase quatro quilômetros nos dois sentidos da rodovia. A pista foi fechada com dois caminhões, um deles carregado de eucalipto. Elas portavam facões e foices e utilizaram um carro de som e faixas com palavras de efeito.
Uma das líderes do movimento, Eliane Oliveira, diz que o MST também aproveitou a visita da presidente Dilma Rousseff à Bahia, nesta terça, para cobrar celeridade na regularização da situação de quase duas mil famílias que ocupam áreas da Veracel na região. De acordo com as sem terra, a empresa ocupa áreas devolutas (pertencentes ao Estado).
A Polícia Rodoviária Federal negociou a liberação da pista. As mulheres, a princípio, não tinham previsão de deixar o local. Elas queriam que fosse agendada uma reunião com o ministro de Desenvolvimento Agrário ou a presença de algum diretor da Veracel.
Como os pedidos não foram atendidos, as sem terra prometem continuar ocupando a fazenda Cedros e ameaçam voltar a bloquear a rodovia a qualquer momento.
OCUPAÇÃO - Segundo o MST, 1.500 pessoas - a maioria mulheres - participaram da invasão da Fazenda Cedros, que tem como objetivo "denunciar o uso de agrotóxicos e a monocultura em terras devolutas". Não houve confrontos.
A ação, de acordo com o MST, faz parte da jornada de mulheres do MST e da Via Campesina que, neste ano, denuncia a violência contra a mulher.
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A Polícia Rodoviária Federal negociou a liberação da pista. As mulheres, a princípio, não tinham previsão de deixar o local. Elas queriam que fosse agendada uma reunião com o ministro de Desenvolvimento Agrário ou a presença de algum diretor da Veracel.
Como os pedidos não foram atendidos, as sem terra prometem continuar ocupando a fazenda Cedros e ameaçam voltar a bloquear a rodovia a qualquer momento.
OCUPAÇÃO - Segundo o MST, 1.500 pessoas - a maioria mulheres - participaram da invasão da Fazenda Cedros, que tem como objetivo "denunciar o uso de agrotóxicos e a monocultura em terras devolutas". Não houve confrontos.
A ação, de acordo com o MST, faz parte da jornada de mulheres do MST e da Via Campesina que, neste ano, denuncia a violência contra a mulher.
Em nota, a Veracel afirma que todos os imóveis adquiridos pela empresa são escriturados, registrados e licenciados em seu nome. A empresa afirma que "mantém a postura do diálogo" mas que "tem buscado seus direitos constitucionalmente".
NOTA DA VERACEL
A Veracel Celulose, por meio de sua assessoria de comunicação, enviou nota à redação do Radar 64, na tarde desta segunda-feira (28), onde se manifesta sobre a invasão de uma fazenda da empresa, em Eunápolis, por mulheres do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).
A companhia - que no fim da manhã registrou queixa na delegacia de polícia local, informa que até o momento não recebeu nenhuma reivindicação do grupo que promoveu a invasão por volta das 5h da manhã desta segunda.
No comunicado, a Veracel diz que mantém a postura do diálogo, renovando sua disposição em contribuir para a transformação construtiva desse impasse social adverso, mas que, no entanto, tem também buscado seus direitos garantidos constitucionalmente.
'É importante destacar que todos os imóveis adquiridos pela Veracel são escriturados, registrados e licenciados em seu próprio nome. A escritura e o registro são feitos nos cartórios competentes e o licenciamento é obtido junto ao Instituto do Meio Ambiente (IMA) para uma atividade produtiva, seja para plantio comercial, edificação de infraestrutura ou preservação ambiental. Além disso, o manejo florestal também atende a padrões normativos reconhecidos internacionamelmente, como Cerflor e FSC', diz a a Veracel nota.