Demonstrando insatisfação com a notícia sobre a retirada das baianas de acarajé das praias de Salvador, à qual se opõe, mas sem receber ainda um posicionamento oficial da SPU- Superintendência do Patrimônio da União/Ba., o prefeito João Henrique fez um convite a este órgão, bem como à Procuradoria do Município, à Secretaria Municipal de Serviços Públicos (Sesp) e à Associação das Baianas de Acarajé para, na tarde desta segunda-feira(dia 21), se reunirem no Palácio Thomé de Souza para tratarem da questão.
A posição da Prefeitura de Salvador é a de que o trabalho das baianas nas praias é inteiramente legítimo, desde que devidamente regulamentado. Entende ainda que, por se tratar de uma atividade que não dispõe de estrutura física permanente, não fere o projeto Orla Brasil, da União Federal. Mais que isso, o acarajé é um dos maiores símbolos da cultura culinária baiana, obtendo recentemente a outorga de patrimônio imaterial em razão do cunho antropológico que reveste a sua produção.
O titular da Secretaria Municipal de Serviços Públicos, Oscimar Torres assegura que a prefeitura "vai atuar junto às baianas para evitar prejuízos das comerciantes tão queridas por baianos, turistas e um referencial da Bahia".