Salvador

EMBASA ANUNCIA QUE GREVE DA CONSTRUÇÃO AFETA SERVIÇOS MANUTENÇÃO

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| 18/02/2011 às 17:04
Sem acordo, os operários da construção civil estão parados há 8 dias
Foto: BJÁ

A paralisação dos trabalhadores da construção civil ligados ao Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção e da Madeira no Estado da Bahia (Sintracom-BA), em greve deste o dia 10 de fevereiro, já começa a ter reflexos nos serviços de manutenção da Embasa nas redes de esgoto e de abastecimento de água em Salvador e região metropolitana. Do contingente de mão-de-obra terceirizada, 40% está em greve, reduzindo a capacidade de atendimento da empresa.

 

"Para a população não ficar desassistida, a Embasa está fazendo o possível para atender às solicitações da comunidade, sendo que, neste momento, estamos priorizando os reparos emergenciais. A operação das elevatórias e estações de tratamento de esgoto está garantida", explica Roberta Henriques Bessa, gerente de Operação da Superintendência de Esgotamento Sanitário da Embasa. Entre os serviços prioritários, estão os reparos em esgotos que retornam para as residências, os pontos que possam contaminar as praias, reparos em vias onde há grande movimentação de pessoas e também em locais próximos a escolas e hospitais.

 

Com relação aos serviços manutenção da rede de abastecimento de água, como ligações e reparos, a situação está normal, com exceção da unidade de Pirajá, que atende a região do subúrbio ferroviário e rodoviário. "Desde segunda-feira, estamos trabalhando apenas com equipe própria", diz Nivaldo Magalhães, gerente da Unidade Regional de Pirajá.

 

Tendo em vista que são serviços essenciais, a Embasa está negociando junto aos trabalhadores terceirizados para que não parem completamente a operação. Em Santo Amaro, por exemplo, 60% dos trabalhadores voltaram às atividades. Segundo o sindicato local, o serviço deve ser normalizado na segunda-feira, 21.

 

Campanha salarial

Em campanha salarial, os trabalhadores da construção civil estão em negociação com as construtoras. Nas primeiras reuniões de negociações que vêm sendo realizadas na Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE), os empresários apresentaram contraproposta de reajuste de 6,47%, pelo INPC. A mediação da SRTE tentou solucionar o impasse e fez uma proposta de 11,7% de reajuste salarial. A assembléia dos trabalhadores votou, na quinta-feira, 17, pela manutenção da proposta de 15% de reajuste salarial, que já estava aprovada em assembléia realizada no dia 3. Com o impasse com as construtoras, os trabalhadores decidiram permanecer em greve por tempo indeterminado.