As imagens mostram o garoto de 15 anos pilotando uma moto por volta das 10h (horário de Brasília), na avenida João Durval, uma das mais movimentadas da cidade. Em seguida, ele é abordado pelos dois policiais militares e começa a ser agredido com chutes, socos e tapas --um dos agressores até arrancou o capacete do garoto.
Em depoimento à polícia, o adolescente afirmou que não parou a moto após a ordem dos dois PMs porque não tem carteira de habilitação. Após ser agredido, ele foi levado para uma unidade da Delegacia para o Adolescente Infrator e liberado em seguida.
Segundo informações da PM baiana, os dois policiais foram afastados do serviço operacional até o término das investigações. Eles respondem a um inquérito criminal e a um processo administrativo, que pode levar à expulsão dos agentes.
OAB EMITE NOTA
Na tarde de quinta-feira (10) um jovem de apenas 15 anos foi barbaramente espancado por policiais militares na Av. João Durval. Tal fato foi captado por câmeras de segurança de uma loja em frente ao ocorrido e foi manchete em todos os jornais e televisão do Brasil.
A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) seccional Feira de Santana através do seu presidente Dr. Osvaldo Torres Neto pronunciou-se afirmando que repudia veementemente esse fato que ele chamou de absurdo e que para ele não deve acontecer ainda mais se tratando de policiais militares que deveriam estar dando exemplo e defendendo a sociedade.
"A polícia militar não pode atuar de forma truculenta e intempestiva como atuou" afirmou Dr. Osvaldo. Ele ainda disse que não cabe a OAB em principio nenhum tipo de promoção de ação judicial, mas que estará oficiando ao Comando da Polícia Militar em Feira de Santana repudiando os fatos e requerendo que a mesma tome as providências para que possa punir de forma exemplar os autores desta barbárie sem prejuízo das medidas legais no âmbito da esfera civil que deverá ser promovido pela vitima.
"Espero que tal fato não caia no esquecimento e que os agressores sejam devidamente punidos já que esse não é um caso isolado. Fatos como esse já aconteceram a alguns anos na Micareta de Feira de Santana e com um torcedor do Fluminense de Feira na cidade de Madre de Deus e até hoje não vemos resolução" concluiu.