Oito dias de muito trabalho e com resultado positivo. Assim foi concluída a campanha "Salve Rio" que arrecadou cerca de 50 toneladas entre alimentos, água, roupa, material de limpeza e de higiene pessoal, além de calçados. Nesta segunda-feira, 31, foram encaminhadas 20 toneladas de alimento para ajudar os fluminenses. A primeira carreta saiu da sede da Guarda Municipal, na sexta-feira, 28, com 30 toneladas de alimento em direção à Região Serrana do Rio de Janeiro. 
 

Todo o material arrecadado é fruto da boa ação dos baianos que se mostraram sensibilizados com a campanha realizada numa parceria da Prefeitura Municipal do Salvador com a Cruz Vermelha Brasileira - filial Bahia. O ponto central de arrecadação foi a sede da Superintendência de Prevenção à Violência (Susprev), na Avenida San Martin, 734, próximo ao Colégio Modelo Luis Eduardo Magalhães.

 "Nós entendemos que este gesto humanitário em solidariedade à população carioca não irá resolver o problema de forma definitiva, mas com certeza irá aliviar o sofrimento daqueles que perderam tudo", ressalta Ubirajara Azevedo, coordenador da campanha pelo órgão municipal.  

Os agentes da Susprev - a guarda municipal - ficaram responsáveis pelo armazenamento, estocagem e vigilância dos produtos. A triagem e o carregamento da carreta foram realizados em parceria com o Grupo TPC, que está conduzindo os donativos até o seu destino final.

Ubirajara Azevedo destaca que os donativos vieram de diversos pontos do Estado como Ilha de Vera Cruz, Salvador e Região Metropolitana. Empresas, associações, igrejas, fundações e, sobretudo, a força da iniciativa popular, foram fundamentais para o êxito da campanha.    

José Mattos, presidente da Cruz Vermelha Brasileira - filial Bahia destacou que a campanha foi vitoriosa e que a Guarda Municipal tem estrutura para atuar em outras oportunidades. Montado numa bicicleta e com donativos arrecadados na própria comunidade, o operário Joselito Santana Pereira, 47 anos, morador da Jaqueira do Carneiro, também fez seu papel de voluntário. "Tinha 13 anos quando fiquei desabrigado, sei o que passam essas pessoas", afirmou.