Mas existe também a preocupação do que significa atualmente, de fato, "alfabetizar". O vereador e professor, Miguel Silva, representando o presidente da Câmara de Vereadores, Gustavo Carmo, lembrou que alfabetizar não é simplesmente ensinar jovens e adultos a ler e a escrever. "Antes de tudo é levantar a auto-estima, restaurar a dignidade, é dar ao indivíduo as coisas que lhe é de direito para compreender o seu contexto e facilitar a sua vida".
O secretário de Governo, João Rabelo, representando o prefeito Paulo Cezar, acrescentou que a educação é um processo inerente e fundamental à vida humana e que a aprendizagem da palavra escrita nos "coloca em contato com um conjunto de conhecimentos, capaz de resgatar o passado por meio da memória e de projetar o futuro".
Benigna Carvalho, diretora da COMOEDUCARE, empresa que fará a capacitação inicial dos monitores do programa, disse que "o empenho do prefeito Paulo Cezar, o apoio e acompanhamento atento do secretário Caio Castro" representam muito para o êxito do Letrar, mas que na realidade os verdadeiros "gestores" serão os monitores em sala de aula. "Serão vocês que terão que tomar as decisões, compreender as necessidades e criar as diretrizes para cada caso que se apresente. Não pensem que estarão lidando com pessoas desprovidas de conhecimento, pois cada aluno traz o saber da escola da vida. Nosso papel é resignificar esses discursos, enriquecer aqueles que são construtivos e desconstruir aqueles que são excludentes".