Ivani Pereira da Silva há três anos inseriu seu filho na Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais - APAE em Alagoinhas. Durante esse tempo, ela passou a se dedicar e a se envolver cada vez mais com a instituição. Ontem, com a presença do prefeito Paulo Cezar, Hildete Souza Lago, diretora há 16 anos da entidade, passou o cargo em cerimônia oficial para essa mãe de um dos seus 90 alunos, que fazem parte desse trabalho de inclusão social.

        
O prefeito Paulo Cezar se sentiu em casa, no clube dos Sargentos, local que está sediando a entidade: brincou com os adolescentes, contou histórias como a doação de um veículo para servir a ONG e deixou para o final a grande surpresa. O prefeito doou um terreno público para a edificação da Sede da APAE e se comprometeu em reunir doadores para a campanha de construção. A nova sede, que vai abrigar programas para os deficientes, será edificada no acesso à Rodoviária, em um terreno de 1.100 metros quadrados.

        
A Prefeitura tem firmado convênios que segundo Ivani Pereira, têm sido fundamentais para continuidade e aprimoramento dos trabalhos. Consegue-se realizar atendimento médico constante das crianças sem necessidade de deslocá-las para unidades de saúde, graças à presença de profissionais médicos no centro de inclusão, cedidos pela Secretaria de Saúde -SESAU. Um convênio com a Secretária de Educação contribui para o pagamento de professores e pedagogos; com os recursos repassados pela Secretaria de Assistência Social - SEMAS, são mantidas oficinas como de capoeira, artesanato, culinária, educação artística. A nova presidente prometeu ainda esse ano ampliar a oferta das oficinas, criando opções para que cada aluno possa desenvolver instrumentos de interação social e desenvolvimento mental.

        
A nova presidente da APAE disse que "a entidade existe para oferecer à sociedade, marcada por discriminações e preconceitos, um serviço de excelência na promoção de políticas públicas e sociais que garantam a inclusão dos deficientes, por parte de um grupo empenhado em quebrar paradigmas e buscar soluções alternativas para essas questões, para que os filhos dotados de dificuldades intelectuais sejam incluídas na sociedade, garantindo-lhes direitos como a qualquer outro cidadão".