Salvador

WAGNER DIZ QUE VAI SOCORRER SALVADOR COM OBRAS E PEDE PAZ PARA A BAHIA

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| 13/01/2011 às 11:40
Otto Alencar, Wagner e deputado Luis Argolo no cortejo da Lavagem do Bonfim
Foto: BJÁ
  Sem as carroças enfeitadas, sem bicileteiros e cavaleiros a festa profano-religiosa da Lavagem do Bonfim 2011 perdeu sua autenticidade e se transformou num grande pagodão. O governador Jaques Wagner, presente ao evento do inicio ao fim, disse que vai ajudar Salvador com obras, por dever de ofício, mas, não fará repasses de dinheiro para socorrer o prefeito da capital, João Henrique, PMDB, o qual não pisou os pés na festa.
 
  Cercado de políticos e ao lado do vice-governador Otto Alencar e da primeira dama Fátima Mendonça, do ministro do MDA, Afonso Florense, e secretários de estado, o governador formou seu bloco na pista em frente ao quartel da Marinha e disse que faria o percurso para agradecer por seu desempenho à frente do governo da Bahia e também pedir paz para todos os baianos.

  No final da manhã, um grupo de baianas lavou o adro da Basílica do Senhor do Bonfim depois de percorrer os 9 km entre a Basílica de Nossa Senhora da Conceição da Praia e o Bonfim.


  Na chegada ao templo, o governador Jaques Wagner e a primeira dama Fátima Mendonça entraram no adro da igreja, tocaram no portão principal do templo e rezaram para o Senhor do Bonfim. Do alto de uma janela superior do templo, o cônego da Igreja do Bonfim, Edson Menezes da Silva, abençoou a multidão, enquanto o Hino ao Senhor do Bonfim era tocado em alto volume.


  RECLAMAÇÕES

  Antes do início da celebração, o conhecido personagem da festa Bira do Jegue, protestou contra a proibição da participação dos animais no evento. "Acabaram com uma tradição de mais de 200 anos. No passado, era o jegue que levava a água para lavar a Igreja.

  O jegue representa o trabalho", disse o homem, que foi sem o seu jegue, Zebra. Ontem, de acordo com decisão liminar do juiz Rui Eduardo Brito da 6ª Vara Pública do Tribunal de Justiça da Bahia, ficou proibida a circulação de animais no evento.


  A festa também foi marcada por diferentes protestos contra a Prefeitura de Salvador e governo do Estado, especialmente os os professores universitários que se queixaram dos baixos salários pagos pelo Governo da Bahia. 

  O vigário da paróquia da Conceição, Valson Santos Sandes, abriu o ato pedindo um minuto de silêncio para lembrar as pessoas que sofrem com as chuvas no Rio de Janeiro. Centenas de devotos se aglomeram em frente ao templo e acompanham a cerimônia que conta com o coral da Basílica da Conceição da Praia, que entoa cânticos religiosos. Participaram do ato, representantes de várias religiões e todos pediram paz.