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Figura popular no cortejo do Bonfim. Um dos poucos que apareceram.
Foto: BJÁ
A diversidade cultural popular espontânea do cortejo à Lavagem do Bonfim praticamente acabou. Viu-se um outro representante dessa magia baiana, o que deixou a festa mais pobre, parecendo um pagodão carnavalesco. Uma pena que isso tenha acontecido.
Para complicar ainda mais a situação, sem as carroças, sem as bicicletas enfeitas, sem os cavaleiros, sem os vendedores de cafezinho, e com a Prefeitura passando por dificuldades financeiras, até o Filhos de Gandhy só apareceu com uma "moqueca" de aproximadamente uns 100 homens.
O cortejo oficial contou com 45 agremiações inscritas de diversos segmentos da sociedade civil organizada e entidades culturais. Até bloco com cordas teve, o que é uma vergonha. Anote o nome dele: Bloco Bola Cheia. Deveria ser chamado de Bloco Bola Murcha.
Outra entidade inscrita no cortejo oficial foi a Fundação Cultural Recreativa e Carnavalesca Bloco Milenar, que segundo seus dirigentes, além da devoção ao Senhor do Bonfim, tem na festa um meio de divulgação para sua participação no Carnaval, quando estará na avenida na quinta-feira e no sábado. O Bloco Milenar participa há quatro anos da Lavagem do Bonfim.
O evento também atraiu às ruas da Cidade Baixa agremiações do interior do estado,
como Os Mascarados, de Maragogipe, que são reconhecidos pelo Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural (Ipac) como Patrimônio Imaterial da Bahia. Há seis anos anos Os Mascarados participam da Lavagem do Bonfim e a comitiva de Maragogipe incluiu baianas e uma charanga.