Salvador

AEROPORTOS ESTÃO LOTADOS E 269 VOOS ESTÃO COM ATRASOS ENORMES

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| 27/12/2010 às 15:12
 Infraero (estatal que administra os aeroportos) registrava em todo o país 18,9% de voos com atrasos superiores a meia hora até as 14h desta segunda-feira. Dos 1427 voos programados desde a 0h, 269 tiveram atrasos e 57 (4%) foram cancelados.

Proporcionalmente, a Webjet era a companhia aérea com maior índice de atrasos. Dos 76 voos programados, 43 (55,6%) registraram atrasos e dez (13,2%) foram cancelados.

Em números absolutos, os maiores problemas eram registrados na TAM, que tinha 473 voos programados: 121 com atrasos (25,6%) e 17 cancelados (3,6%).

No aeroporto de Guarulhos (Grande São Paulo), eram 34 voos com atrasos (28,8% do total de 118 voos programados) e dez cancelados (8,5%).


O aeroporto tinha ainda atrasos e cancelamentos de voos internacionais --nove voos com atrasos e dois cancelados. Uma nevasca no nordeste dos Estados Unidos prejudica as viagens aéreas no país, que já teve quase 2.000 cancelamentos de voos.

Em Congonhas (zona sul de SP), o índice de atrasos era menor e atingia 25 voos (19,8% do total de 126 voos programados). Cinco voos foram cancelados (4%).

O índice de atrasos era elevado também nos aeroportos do Rio de Janeiro --25% no Galeão e 17,4% no Santos Dumont.


NEGOCIAÇÃO


Após ameaça de greve, os funcionários do setor aéreo devem submeter, durante assembleia coletiva, a proposta das companhias aéreas de elevar os salários da categoria em 8%.


A assembleia deve ocorrer até quinta-feira (30), afirmou Selma Balbino, presidente do Sindicato Nacional dos Aeroviários (que trabalham em solo). Ela avalia, no entanto, que o reajuste é insuficiente, em especial para os trabalhadores que ganham o piso, de R$ 704. Para eles, o reajuste pedido é de 30%.

O Sindicato dos Aeronautas, que reúne pilotos e comissários de voo, também classificou a proposta como ruim. Os aeroviários pedem 13%, e os aeronautas, 15%.

O setor pretendia entrar em greve na quinta-feira da semana passada, antevéspera do Natal, mas decisões judiciais proibiram a categoria de parar neste final de ano.

Agora, a previsão é que a greve nos aeroportos fique para o início de janeiro.

Diante da ameaça de paralisação, as empresas aumentaram o reajuste de 6,5% para 8% e alegam que não têm condições de aumentar a proposta.