Salvador

SINDILIMP-BA EXIGE QUE EMPRESAS RESPEITEM OS TRABALHADORES EM LIMPEZA

Veja
| 03/11/2010 às 13:30
A diretoria do Sindicato dos Trabalhadores em Limpeza Pública, Asseio, Conservação, Jardinagem e Controle de Pragas Intermunicipal (Sindilimp-BA) comunica que deu entrada em uma Ação de Cumprimento na Justiça do Trabalho em razão das empresas de limpeza pública não estarem cumprindo a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT). "É uma vergonha o que está acontecendo. Os pontos de serviços, que deveriam dar apoio aos funcionários, praticamente não existem e até mesmo para fazer necessidades fisiológicas os trabalhadores estão apelando para comerciantes e até mesmo moradores que têm boa vontade diante desta humilhação", afirmou Ana Angélica Rabello, coordenadora geral do Sindilimp-BA. Luiz Carlos Suíça, coordenador do Departamento Jurídico do Sindilimp-BA acrescenta que "estão sendo desrespeitadas cláusulas fundamentais como as que asseguram as folgas e o pagamento de horas extras. Estamos realizando diversas visitas aos pontos de serviços e constatamos que a falta de respeito é generalizada. Atinge o Centro Histórico, Pituba, Avenida Vasco da Gama, enfim, toda a cidade. Tentamos negociar com as empresas, a exemplo da Revita, Jotagê, Torre, porém, nada avançou. Vamos partir agora para a ação jurídica e exigimos que as empresas resolvam os diversos problemas o mais breve possível. Denunciamos também que a prefeitura de Salvador não paga as empresas há quatro meses e deve cerca de R$ 60 milhões. Ora, os trabalhadores é que não podem arcar com o prejuízo e ser tratados com desdém". "Chegou-se a tal ponto o descaso das empresas que os trabalhadores têm improvisado local para troca de roupa quando estão em atividade profissional. Outra coisa que depõe contra a regularidade das empresas diz respeito aos materiais de trabalho que quase sempre, para serem guardados, contam com o apoio de pequenas mecânicas, bares e outros. Tem cabimento que a terceira maior capital do Brasil tenha um serviço de limpeza pública com tamanho improviso?", questiona Ana Rabello. O Sindilimp-BA deu início às assembléias e reuniões dos trabalhadores em limpeza urbana para decidir as medidas a serem tomadas para que a categoria tenha sua CCT respeitada. "Se não encontrarmos uma solução negociada não restará outro caminho que não seja o da paralisação dos serviços. Somos um sindicato cidadão, não cansamos de repetir. Não queremos prejudicar a população, porém, se não houver uma solução imediata, os transtornos para a cidade de Salvador serão imensos e a responsabilidade é única e exclusiva dos empresários e da prefeitura de Salvador que não paga e não cobra eficiência da empresas contratadas", finalizou Luiz Carlos Suíça.