Salvador

HOMEM É PRESO EM FLAGRANTE POR DESTRUIÇÃO DO PATRIMÔNIO PÚBLICO

Veja
| 23/09/2010 às 14:59
 

A destruição de oito refletores do canteiro central da Avenida Bonocô acabou na prisão em flagrante de Sidiclei Silva Santos, de 19 anos. A ação do vândalo foi flagrada na madrugada do dia 21 por membros da Guarda Municipal que acionaram a Polícia Militar para deter Sidiclei. Ele foi encaminhado para o Complexo de Delegacias dos Barris onde continua detido. Para o prefeito João Henrique, a prisão deve servir de exemplo para outros indivíduos que destroem e roubam o patrimônio público de Salvador, onde o prejuízo com vandalismo chega a custar mais de R$ 1 milhão, por mês, ao cofre municipal.


"A obra do canteiro central da Avenida Bonocô ainda nem foi entregue e os vândalos já estão destruindo. Espero que essa prisão sirva de exemplo e mostre que a Guarda Municipal está atenta e conta com o apoio das polícias Civil e Militar para proteger o patrimônio que é de toda a cidade", afirmou João Henrique, lembrando que a população, através da Prefeitura, é que paga pela reposição dos equipamentos roubados, destruídos ou danificados. Segundo o prefeito cada refletor destruído custará R$ 1,8 mil, somando um prejuízo total de R$ 10,8 mil. Como material é importado, é necessário esperar que chegue do exterior. 

Os números revelam os danos que os ataques ao patrimônio público causam na cidade. Em seis meses, só a Secretaria de Transporte e Infraestrutura (Setin) gastou mais de R$ 620 mil somente para recuperar o que é destruído ou roubado: os vândalos picham, danificam abrigos de ônibus, roubam tapetes de grama, destroem aparelhos de ginástica em praças públicas, roubam aparelhos de ginástica.

As passarelas diariamente são vítimas de roubo de luminárias e lâmpadas. Em casos, os vândalos esburacam o piso de madeira para dificultar o trânsito de pedestre para facilitar o roubo e o assalto a quem por ali passa. Em relação à iluminação, como no caso da prisão de Sidiclei Santos Silva, as principais vítimas são os fios de cobre e as luminárias. Muitas vezes, ruas e avenidas ficam sem iluminação justamente porque os bandidos roubam os fios de cobre, que são vendidos para compradores de sucata. O prefeito reforçou que a polícia está continuamente fiscalizando casas de ferro-velho para identificar presença de material roubado dos equipamentos e monumentos da cidade. Se o proprietário não apresentar nota fiscal da aquisição do material, pode indiciado.


João Henrique destaca que toda cidade sofre com o problema do vandalismo e roubo. "Hoje no pátio da Limpurb há 500 banheiros destruídos pela ação de malfeitores. Enquanto isso, há 200 na cidade para atender à população. Não faltariam banheiros se houvesse a colaboração de todos para proteger e zelar pelo que é de toda coletividade", enfatiza. 


A Limpurb também tem aumentado seus gastos para repor contentores e papeleiras de lixo quebrados. Os contentores custam entre R$ 1,2 mil a R$ 10 mil, a depender da sua capacidade de armazenamento. Esses equipamentos são destruídos e em 60% das ocorrências o que ocorre é a queima do equipamento.


Monumento



As ações dos vândalos se estendem ainda aos monumentos públicos que compõem os cartões-postais de Salvador. Ao longo dos últimos cinco anos, atos de vandalismo resultaram por danificar, ou extraviar, 5,8% deste acervo que simboliza a memória do povo soteropolitano. Um dos símbolos da cultura baiana, a estátua de Castro Alves, cravada na praça que tem o nome do poeta, localizada no centro da cidade, acaba de passar por um processo de limpeza e recuperação.