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Criado há quatro anos no bairro de São Tomé de Paripe, em Salvador, o Restaurante Prato Popular, fruto de parceria entre a Prefeitura Municipal de Salvador, o Grupo Gerdau e a Puras, garante a significativa parcela da população alimentação saudável e de baixo custo. Na tentativa de melhorar as condições de vida dos usuários do restaurante, a Coordenadoria de Segurança Alimentar e Nutricional (Cosan) da Secretaria Municipal do Trabalho, Assistência Social e Direitos do Cidadão (Setad), gestora do espaço, vem promovendo uma série de eventos e palestras dirigidas especificamente a esse público. O objetivo é informar e capacitar os moradores do bairro para que eles possam buscar alternativas de alimentação barata e saudável, trabalho e renda.
Duas atividades foram concluidas esta semana. Na segunda-feira (23.08) foi encerrado o ciclo de palestras sobre "Valorização da Diversidade Biológica e do Meio Ambiente" que entre os meses de abril e agosto informou sobre a heterogeneidade da flora de Salvador, incentivou o cultivo de hortaliças em hortas residenciais e comunitárias, o reaproveitamento de vasilhames plásticos como caqueiros e alertou sobre os cuidados com o uso de plantas medicinais.
A participação dos técnicos da Superintendência do Meio Ambiente (SMA), que em parceria com a Setad disponibilizaram conhecimento sobre o assunto para a comunidade, foi fundamental para que a atividade fosse bem sucedida. Edson Conceição, 62 anos, natural de Ituberá, era um dos mais entusiasmados. Ele participou ativamente das palestras, contribuindo,inclusive, com seus conhecimentos sobre a utilização das plantas medicinais. "Sou tratado muito bem aquI E é bom ver estes jovens trazendo aprendizado para gente".
Na terça-feira, (24.08), cerca de 20 usuários do restaurante receberam o certificado de participação no curso de reutilização de garrafas peti. Além dos representantes da Setad estiveram presentes no evento representantes da Gerdau, empresa que doou o material para a realização do curso. Nas aulas, que tiveram duração de 30 dias, a professora Djanira Lima, moradora do bairro e freqüentadora do restaurante, ensinou como criar diversos objetos a partir das garrafas que têm, frequentemente, o lixo como destino final. Os participantes do curso produziram pufs, jarros e arranjos de flores, porta agulhas e alfinetes, pulseiras, puxa-sacos, porta utensílios, entre outros. Durante a entrega dos certificados a professora incentivou os alunos a continuar com esta atividade, "já que com uma pequena quantidade de matéria-prima é possível fazer objetos belíssimos".