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Em Ondina, policiais federais acompanharam a derrubada das barracas
Foto: BJÁ
Os tratores em cena. Não ficou piaçava sobre tijolos ou piaçava sobre armações de madeira. Tudo foi abaixo de Ondina a Patamares nesta terça-feira, 24. Mais de 80 barracas no chão da areia da praia e nas pequenas encostas próximas, caso de Ondina. Lamento, dor, ordem sendo cumpriada à risca, negociação zero, muitos policiais armados, dezenas de prepostos da Guarda Municipal e os barraqueiros inertes tentando salvar o que podiam.
Todas as barracas de praias dos bairros de Itapuã, Piatã, Pituba e Ondina já foram derrubadas pelos funcionários da Sucom. Na Rua F, Itapuã, uma máquina chegou a destruir parcialmente o muro de uma residência que dá acesso à praia. Em Ondina, barraqueiros retiravam geladeiras e fogões para salvar o que podia.
Até o final da manhã, 66 barracas de praia já haviam sido demolidas nas
praias de Patamares, Pituaçu, Jardim de Alah, Praia dos Artistas, Corsário e Placafor. Ontem, primeiro dia de derrubada de estruturas na orla da capital baiana, foram destruídas mais de 102 unidades nas
praias do Flamengo, Stella Maris e Farol de Itapuã.
A expectativa fica por conta do início das demolições na orla de Ipitanga, que deve acontecer nesta tarde. Porém, a prefeita Moema Gramacho pretende negociar, novamente, o adiamento da ação, como fez na segunda-feira. Para o advogado da Associação dos Donos de Barracas de Praia, João Maia, há restaurantes sendo privilegiados e os barraqueiros desrespeitados.
"Se é para demolir, tem que ser tudo, pois tem restaurante na Praia de Patamares que fica na mesma linha das barracas e não foi demolido", afirmou.
Também se é pra não permitir barracas e outras construções nesses locais a Prefeitura deveria proibir a construção de um condomínio no terreno do antigo Clube Espanhol, na Barra.