Mais de 120 crianças de zero a quatro anos de idade receberam atendimento na I Semana da Triagem Auditiva desenvolvida pelo Hospital Inácia Pinto dos Santos, o Hospital da Mulher. A ação aconteceu entre segunda-feira (16) e quarta-feira (18). Muitas crianças de cidades como Salvador, Serra Preta, Conceição da Feira, Santo Estevão e São Gonçalo também vieram se beneficiar do serviço.

"Do total de crianças atendidas 80 deram presença de audição e 43 deram ausência. O maior número de crianças que deram ausência de audição são os recém-nascidos, com idade de zero a seis meses de vida" explica Ana Gilza Soares de Lima, responsável pela Semana de Triagem Auditiva e coordenadora de Fonoaudiologia do Hospital da Mulher.

Segundo Ana Gilza, "o procedimento que foi realizado nas crianças acontece com a introdução de um fone de ouvido no bebê, onde o aparelho emite um som de fraca intensidade, o ruído viaja pela cóclea para detectar o sinal. Caso haja uma movimentação dos cílios (células ciliadas) do ouvido, existe ausência de audição no paciente e vice-versa", explica.

O resultado indicando a ausência da audição é visualizado pelo aparelho, que registra um sinal, e a criança é encaminhada para um tratamento iniciado por mais dois novos testes da orelhinha.

Essas 43 crianças que apresentaram ausência de audição estão com os testes marcados para segunda-feira (23) e dia 30 deste mês e 30 de setembro. Ana Gilza enfatiza que alguns exames são refeitos porque "Muitas crianças apresentavam-se inquietas, ou possuíam no ouvido vernix, além da dificuldade em falar por causa da idade o que também influencia nos resultados", informa.

A fonoaudióloga destaca a importância em realizar o teste, que "é um procedimento invasivo e que não causa dor na criança, dura em média de três a cinco minutos e pode ser realizado em bebês com 48 horas de nascidos, evitando assim problemas futuros".

O teste da orelhinha é realizado há três anos pelo Hospital da Mulher. Em dias normais também é feito atendimento ao público externo, mas é necessário que o pai ou a mãe da criança apresente uma guia com solicitação pediátrica da Secretaria de Saúde.

Jair de Jesus, presidente da Fundação Hospitalar de Feira de Santana, diz que atualmente o Hospital da Mulher é a única instituição pública local a fazer a triagem auditiva. Ele lembra que no dia 12 de agosto foi sancionada a Lei Federal, que obriga toda maternidade realizar o teste da orelhinha nos recém nascidos.