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Centenas de pescadores de diversas partes da Bahia se reúnem, na quinta-feira (19), às 14h, na sede da Secretaria de Agricultura, Irrigação e Reforma Agrária (Seagri), Seagri, no Centro Administrativo, para a assinatura de convênios que viabilizarão, a partir deste mês, os Encontros Regionais dos Pescadores na Bahia e o Projeto de Estruturação da Pesca Artesanal na Bacia Hidrográfica do São Francisco. A parceria será entre a Bahia Pesca, autarquia da Seagri, e a Federação dos Pescadores e Aquicultores da Bahia.
A Bahia possui aproximadamente 120 mil pescadores e mais de 80 colônias de pesca. Segundo o presidente da Bahia Pesca, Isaac Albagli, para fortalecer a cadeia produtiva do setor e atuar de forma mais eficaz na implantação das políticas propostas, eles precisam se unir e discutir internamente as melhores estratégias de atuação.
Os encontros regionais (seis, no total) serão constituídos de sistemas de discussão em grupos de trabalho, com foco nas propostas das colônias e nas políticas nacional e estadual da aquicultura e pesca. Ao final de cada evento será gerada uma pauta de trabalho que servirá de base para a realização do XVI Fórum Estadual da Pesca.
Pesca no Velho Chico
O Projeto de Estruturação da Pesca Artesanal na Bacia Hidrográfica do São Francisco visa revitalizar as comunidades pesqueiras dos municípios de Barra, Barreiras, Carinhanha, Casa Nova, Cotegipe, Curaçá, Glória, Ibotirama, Bom Jesus da Lapa, Morpará, Mequém de São Francisco, Paratinga, Pilão Arcado, Riachão das Neves, Sento Sé, Sobradinho e Xique-Xique.
Na Bahia, a Bacia do Rio São Francisco ocupa aproximadamente 300 mil quilômetros quadrados, cerca de metade do seu território. Possui frota pesqueira de 11.344 unidades. Destes, mais de 90% são canoas e regatas movidas a remo. "São milhares de pessoas que dependem dos ganhos provenientes da pesca no rio. É preciso aumentar a produtividade destes pescadores e suas condições de trabalho. O projeto visa introduzir e estimular a utilização de técnicas de captura e beneficiamento com a difusão de tecnologia; e incentivar a implantação de meios de comercialização mais rentáveis", explica Albagli.
Outras ações envolvem a aquisição de material para confecção de redes de pesca e equipamentos destinadas ao funcionamento administrativo das colônias, construção ou ampliação das sedes das associações e viabilização de projetos de inclusão digital.