Salvador

KÁTIA CARMELO E CLÁUDIO SILVA TROCAM ACUSAÇÕES NA CÂMARA MUNICIPAL

Vide
| 18/08/2010 às 18:34
Claúdio Silva e Kátia Carmelo fizeram parte da Mesa, durante a sessão especial
Foto: Valdemiro Lopes
Por Marivaldo Filho
   

Claudio Silva de um lado e Kátia Carmelo de outro. A sessão especial da tarde desta quarta-feira (18), na Câmara Municipal de Salvador, que debateu a utilização da transferência do direito de construir (Transcon) da orla marítima, foi quente como há muito tempo não se via na Casa Legislativa. Sob os olhares dos barraqueiros, acusações graves de todas as partes incentivaram os vereadores a propor uma Comissão Especial de Inquérito (CEI) para apurar as denúncias.

O superintendente da Sucom, Claudio Silva, rebateu as acusações de ex-secretária de Planejamento da Prefeitura, Kátia Carmelo.  "Na gestão de Kátia Carmelo houve diversas irregularidades. Entre elas um saldo negativo das Transcon das empresas A Catabas e 3I. No total, foram R$ 700 milhões de irregularidades na gestão da ex-secretária", acusou.

Já Kátia Carmelo voltou a acusar a Sucom de irregularidades nas negociações dda Transcons. Segundo ela, R$ 500 milhões já foram perdidos graças as transações obscuras que teriam acontecido no órgão público. "A Sucom está passando por cima da lei. O Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano (PDDU) determina que não pode haver liberação de Transcon para a área da Orla", afirmou a ex-secretária.

A Cei proposta pela bancada da oposição na Câmara Municipal já conta 13 assinaturas. Além dos 8 vereadores da ala oposicionista, Léo Kret (PR), Andrea Mendonça (DEM), Luizinho Sobral, Plácido Farias (PSL), Eron Vaconcelos (DEM).

Manifestações

Os barraqueiros se manifestaram várias vezes durante a sessão para pedir que intervenção dos vereadores para que as barracas de praia da orla marítima de Salvador não sejam derrubadas. Os vereadores se demonstraram sensíveis com a causa e se colocaram a disposição dos comerciantes. "Acho que muitas famílias estão sendo envolvidas nessa questão. Uma alternativa tem que ser dada a esses trabalhadores para que não fiquem desamparados", afirmou o presidente da Câmara Municipal de Salvador, Alan Sanches (PMDB).

Os barraqueiros prometeram ocupar a Casa Legislativa até amanhecer, caso alternativas não sejam oferecidas para solucionar os problemas das barracas de praia da orla marítima da cidade.