quinta-feira (28), fez exatamente duas semanas que o Banco do Brasil de Mundo Novo foi assaltado, na ocasião, cerca de sete homens com armas de grosso calibre chegaram à sede da instituição que se encontrava em reforma, renderam funcionários e até os pintores que trabalhavam na reforma da agência ficaram em poder dos assaltantes por quase uma hora. Um dos pintores, A. A. N, 44 anos, é morador de Conceição do Coité, ele recebeu a nossa equipe e contou ainda assustado o drama que viveu naquele final de tarde do dia 15 de julho. Segundo ele, estava em um andaime pintando uma parede lateral do banco, quando olhou para baixo, dois assaltantes encapuzados apontaram as armas em sua direção e pediram que descesse. Muito assustado e sem entender o que estava acontecendo, na mira das aramas foi até a frente da agência onde havia outras pessoas de reféns, dentre elas funcionários do banco e o gerente da Cesta do Povo e dois policiais militares. O maior sufoco vivido por A, foi quando ele fez um movimento para olhar alguma ação dos bandidos e viu um disparo de fuzil ser feito a poucos centímetros de seus pés, e o aviso que ele poderia morrer se esboçasse qualquer reação.
O pintor contou que ouviu vários disparos dentro do banco, imaginou que os tiros eram contra as pessoas, mas depois percebeu que eram contra as câmeras de seguranças e computadores para dificultar a identificação dos assaltantes. Ainda segundo o pintor, eles permaneceram pela agência por cerca de 30 minutos, como não puderam levar o dinheiro do cofre que só é aberto por programação, passaram a destruir os caixas de autoatendimento e saquearam todos. Depois de realizarem o assalto tiveram a ousadia de colocar os dois Pms no fundo da viatura e os pintores no banco do meio, pois além de A.A.N, haviam mais dois, também de Conceição do Coité e cruzaram a cidade em fuga atirando para todos os lados.
Ao chegar à localidade de entroncamento da Barra, libertaram os reféns e mandaram todos saírem correndo e sem olharem para trás, e antes de fugirem metralharam a viatura. Segundo o coiteense, o banco só voltou a funcionar depois de oito dias, bem como a retomada da reforma, mas com o psicológico muito abalado e traumatizado, não conseguiu mais subir ao andaime, no segundo dia de trabalho viu um movimento suspeito na casa lotérica e desceu em disparada, imaginando passar por outra situação semelhante. Hoje está em Conceição do Coité, onde já se alimenta e dorme normalmente, mas precisou deixar o trabalho. Ele garante que irá continuar trabalhando, mas o que tinha de fazer em Mundo Novo já fez. Por: Raimundio Mascarenhas |