Atendendo solicitação da Prefeitura de Salvador para que fossem incluídas no processo de derrubada das barracas da Orla as que ficaram intactas durante a 1ª fase, o juiz federal responsável pela questão, Carlos D'Avila, emitiu, no dia 21 deste, despacho mandando notificar todos os proprietários dos estabelecimentos remanescentes das suas próximas demolições, pela própria PMS e no prazo de 10 dias úteis da data da notificação.

O despacho lista exaustivamente todas as praias que sofrerão a limpeza, abrangendo a orla da Cidade Alta desde a Barra até a praia de Ipitanga, bem como a da Cidade Baixa até São Tomé, incluindo, também, as ilhas pertencentes a Salvador.

No despacho o juiz menciona o fato da PMS não ter ainda um projeto para substituir as atuais barracas, já que a proposta apresentada foi rejeitada pela Comissão de Notáveis, deixando antever que tão cedo não haverá alternativa de prestação de serviços para os freqüentadores das praias, causando inúmeros transtornos quando a temperatura esquentar e a freqüência aumentar, provavelmente a partir de setembro.

Por outro lado, existe um movimento conjunto das barracas "top de linha" da praia do Flamengo, responsáveis inclusive pelo atendimento dos turistas trazidos pelas   agencias de viagem, para mostrar que as mesmas atendem as exigências de saneamento básico, com ligação dos efluentes das suas instalações á rede da EMBASA, e da vigilância sanitária.

Muitos barraqueiros já foram notificados pelos oficiais de justiça, devidamente acompanhados de policiais federais para evitar possíveis reações, os quais, ironicamente, estão achando que serão premiados no dia 13 de agosto, uma sexta feira, quando se completa o prazo estabelecido.