Mais de 1,6 milhão de estudantes das redes municipal e estadual estão sem aulas, nesta terça-feira, 27. Os professores estaduais pedem celeridade no julgamento e no pagamento da URV, enquanto os docentes municipais interromperam as atividades para pressionar a votação da proposta de reajuste da categoria encaminhada pelo prefeito João Henrique no último dia 21 de julho à Câmara de vereadores.
Os professores da rede municipal querem a aprovação do reajuste de 11% a 17%. De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores em Educação no Estado da Bahia (APLB-Sindicato), caso o aumento salarial não seja aprovado na votação que deve acontecer na tarde de hoje, a categoria se reunirá em assembleia, na próxima quinta-feira, 29, para discutir os rumos da paralisação.
O movimento, que teve início após a assembleia realizada na manhã desta segunda-feira, 26, foi mantido porque a proposta de reajuste salarial não pôde ser votada por conta da presença de apenas dois vereadores na Câmara Municipal. O vereador e líder da oposição Gilmar Santiago negou a informação e disse que seis legisladores estavam presentes no plenário, número insuficiente para a votação. De acordo com a diretora da APLB, Elza Souza, os educadores só retornam às salas de aula quando houver a aprovação do índice.
No entanto, segundo Gilmar Santiago, o projeto do reajuste salarial está na pauta de votação para esta terça-feira, mas existem dois obstáculos que podem impedir a realização do processo.
"É necessário votar os vetos do prefeito João Henrique para, em seguida, colocar em regime de urgência o processo de reajuste", explicou. Além disso, para realizar a votação, Gilmar Santiago informou que é preciso ainda que 28 vereadores estejam presentes, conforme estabelece o regimento interno.