A obra do condomínio Jaguaribe Sul, localizada na Avenida Paralela, ocorre de forma irregular e corre o risco até mesmo de prejudicar o abastecimento de energia na região. Atentos ao fato, ambientalistas da ONG Germen visitaram o local e fotografaram a situação, constatando o desrespeito às leis e o perigo ao bem-estar da população.
A edificação é levada adiante ferindo o a legislação ambiental 4.771/65 e resolução do Conselho Nacional de Meio-Ambiente (Conama) 303/2002, que rege sobre construções em topos de morros. Segundo o texto da medida, não é permitido construir em encostas com inclinação superior a 45 graus, o que é flagrantemente desrespeitado na obra do condomínio. Além disto, o terreno corresponde a Área de Proteção Permanente (APP).
O perigo de falha no projeto põe em risco a integridade de postes de energia posicionados em frente ao limite da obra. A derrubada da estrutura levaria consigo a fiação de diversos outros postes e, assim, boa parte da Paralela ficaria às escuras até que o problema fosse identificado e resolvido. Apenas a sorte livra a área do inconveniente causado pela ânsia do empresariado em construir nas áreas ainda desabitadas de Salvador.
O presidente do Germen, Marcell Moraes, argumenta que o Município e o Governo são responsáveis pela concessão de licenças aos empreendimentos e que compactuam com a destruição e risco da destruição de patrimônio da cidade ao responderem a desejos meramente financeiros de emrpesários imobiliários. "Onde está o
cumprimento das leis em Salvador? Onde está o Ministério Público para punir os maus gestores públicos com ações de improbidade administrativa? Onde estão os órgãos fiscalizadores, a tal de SMA, que reconhecemos como a Superintendência da Matança Ambiental , que nem legislação própria tem?" questiona.