Salvador

DELEGADO CHEFE DIZ QUE DELEGACIAS FUNCIONARÃO MESMO COM GREVE

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| 19/07/2010 às 18:10

O delegado geral Joselito Bispo da Silva classificou como normal o funcionamento da maioria das delegacias de Salvador e Região Metropolitana nesta segunda-feira (19), data anunciada pelo Sindicato dos Policiais Civis da Bahia (Sindipoc) para início da paralisação de 72 horas dos policiais civis.

Bispo parabenizou os servidores que acataram a ordem judicial que tornou ilegal a paralisação e compareceram normalmente ao trabalho. "Isso demonstra a maturidade dos nossos profissionais, que não embarcaram nessa aventura e entenderam a importância do trabalho da Polícia na proteção ao cidadão", considerou.


Segundo ele, a Polícia Civil continuará atenta à movimentação do sindicato, apurando possíveis desvios envolvendo servidores neste período de 72 horas. "O servidor que aderir ao movimento terá o ponto cortado e será responsabilizado administrativamente, mediante apuração da corregedoria da Polícia", reiterou.

PARALISAÇÃO

Os policiais civis iniciaram, nesta segunda-feira, 19, paralisação de 72 horas em todo o estado da Bahia. Segundo Bernardino Gayoso, secretário geral do Sindicato da Polícia Civil (Sindpoc), a categoria decidiu interromper as atividades por conta de uma portaria que altera a escala de serviço dos servidores.

A categoria trabalha com o efetivo de 30% do quadro de funcionários, conforme estabelecido por lei, e somente são realizados os serviços de flagrantes e remoção de corpos de vítimas por morte violenta.


Carga horária 

Foi publicada no Diário Oficial do Estado do dia 23 de junho, portaria que mudou a escala de trabalho dos Policiais Civis que antes era de 24h de serviço e 72h de folga, para 12h de trabalho e 24h de folga. Gayoso declarou que a categoria espera que a portaria seja revertida. "É inconstitucional a mudança na escala de horário, a não ser que haja um acordo coletivo para discutir o assunto, o que não houve. É preciso sentar para dialogar e não fazer desta forma", argumentou.

Ele afirmou ainda que os policiais civis terão de arcar com a possibilidade de corte do ponto daqueles que aderirem à paralisação e multa diária no valor de R$ 100 mil, conforme foi anunciado pelo juiz da 5ª Vara da Fazenda Pública, Ricardo d'Ávila. "Não vamos nos intimidar pela multa. Cortar o ponto é algo que vamos assumir", declarou.