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Organizado pelo Instituto Cabruca em parceria com a Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC) e Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (CEPLAC), por meio do projeto Consolidando a Produção Orgânica de Cacau no Sul da Bahia, financiado pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA). Será ministrado pelas pesquisadoras do Instituto Tecnológico de Alimentos de São Paulo (ITAL) Priscila Efraim e Mitie Sadahira, dois cursos de qualidade de cacau, para formação de técnicos multiplicadores ligados a duas Cooperativas de Agricultores Familiares e à CEPLAC.
Um dos cursos acontecerá no Centro de Pesquisa do Cacau em Ilhéus e um segundo no município de Gandu, nas instalações do SENAR e na empresa M. Libânio Agrícola S.A. O objetivo da capacitação é fortalecer a comercialização de amêndoas de cacau com valor agregado, promovendo a organização da produção e do processamento das amêndoas.
Para isso, técnicos e cooperados serão capacitados para serem multiplicadores de boas práticas de beneficiamento de amêndoas de cacau tipo fino, especial e/ou orgânico. A iniciativa surge no momento em que a produção deste tipo de produto vem crescendo no Sul da Bahia, cada vez mais despertando o interesse do mercado internacional e com isso alcançando vantagens competitivas e credibilidade para toda a região.
Segundo os pesquisadores Dario Ahnert e Durval Libânio da UESC e IF Baiano - Uruçuca, é necessário trabalhar outras perspectivas para o consumo e a comercialização do cacau, que possibilitem maior agregação de valor e o surgimento de arranjos produtivos locais para a fabricação de chocolate e derivados.
Eles chamam a atenção também, para a rica agrobiodiversidade presente no sistema de produção cacau - cabruca, principalmente fruteiras como a jaqueira, cajazeira, jenipapeiro e até nativas como o bacupari, entre outras pouco conhecidas, que poderiam ser melhor aproveitadas.
De acordo com Adriana Reis, pesquisadora do Instituto Cabruca e coordenadora do curso, "O evento é estratégico, pois capacitaremos técnicos e agricultores multiplicadores que terão o papel de repassar seus conteúdos para cooperativas e associações de produtores.
Com isso espera-se que as cooperativas e os cacauicultores, alcance patamares de qualidade, ainda não atingidos devido a falta de orientação, treinamento e desenvolvimento de métodos adaptáveis as suas condições nos imóveis.