Salvador

SINDILIMP-BA CRITICA GOVERNADOR POR CALOTE AOS TERCEIRIZADOS

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| 08/06/2010 às 15:03
A diretoria do Sindicato dos Trabalhadores em Limpeza Pública, Asseio, Conservação, Jardinagem e Controle de Pragas Intermunicipal (Sindilimp-BA) volta a questionar o comportamento do governo estadual diante das empresas terceirizadas e deve recorrer à Justiça e manifestações públicas para exigir os direitos dos trabalhadores, segundo informação de Luiz Carlos Suíca, coordenador do Departamento Jurídico da entidade sindical.
O sindicalista questiona os contratos feitos com o Grupo Cetro Locação de Mão de Obra em Geral. "A empresa não paga os salários e demais direitos trabalhistas como tíquetes refeição, transporte e outros há dois meses. Uma vergonha que o Estado nada faz para dar fim. Entramos em contato com a Secretaria de Educação da Bahia (SEC) que, em mistura de incompetência administrativa e descaso, disse não saber nada sobre os atrasos. Se o governo estadual que contrata uma empresa não idônea e diz nada saber, quem será que sabe o que acontece com a fiscalização que deveria ser feita? Quando o contrato com a Cetro será rescindido? Quanto mais tempo os trabalhadores devem ser penalizados para que algo seja feito?", questiona Luiz Carlos Suíca.
A direção do Sindilimp-BA destaca ainda a exploração praticada pela Cetro. "No Colégio Central da Bahia, por exemplo, pratica-se o desvio de função com a conivência da SEC. Pessoas que deveriam cuidar da limpeza da escola estão capinando, aquela enorme área, inclusive uma senhora com mais idade. Será que o governo vai continuar omisso diante da exploração e do número reduzido de funcionários? Quem conhece o Colégio Central sabe que ele é enorme e deveria ter, no mínimo, o dobro dos trabalhadores de limpeza, asseio e conservação que tem atualmente", argumenta o sindicalista.
"Além da queda, o coice. Os trabalhadores enfrentam o calote e são humilhados com tanta exploração. O governo estadual não tomará nenhuma providência como, por exemplo, romper o contrato com a Cetro e demais empresas terceirizadas desse nível e da Imperial Construções, Administrações e Serviços Ltda., a Monte Sinai e outras? Quem ganha com tamanha baixeza para que nada seja feito? Vamos mais uma vez recorrer à Justiça do Trabalho, Procuradoria Geral do Estado, Ministério Público, Assembléia Legislativa e demais instituições para que uma providência seja tomada", finalizou Suíca.