Foi aberta neste domingo (30), na cidade de Planaltino (BA), a Copa do Vale do Jiquiriçá sub-17, que, nesta edição, está envolvendo mais de dez municípios do sudeste da Bahia. Planaltino ganhou o direito de sediar a abertura por ter vencido a edição de 2009. A solenidade de abertura foi marcada pela presença de diversos prefeitos da região e por representantes da Sudesb, autarquia que fomenta a copa, apoiada pelas prefeituras municipais.  Após a cerimônia, a festa acabou para os donos da casa, que perderam para a seleção de Nova Itarana por 2 a 1. "Há muitos jogos pela frente. Acredito que ainda temos chances de conquistar o ouro novamente", disse, confiante, mesmo após a derrota, o prefeito de Planaltino, Zeca Braga.

Os times jogaram com esquemas táticos parecidos e no primeiro tempo, sem gols, privilegiaram a defesa. Todas as grandes jogadas ficaram guardadas para a segunda etapa. Logo no primeiro minuto, a equipe de Nova Itarana abriu o placar, após uma jogada individual de Flávio que acertou em cheio o canto direito do gol, calando a torcida adversária. E não demorou muito para José Augusto ampliar. Aos sete minutos o atacante recebeu uma bola cruzada e balançou novamente a rede dos anfitriões. O lance foi polêmico porque o bandeirinha, Edson Cardoso, marcou impedimento, mas o árbitro da Federação Baiana de Futebol, Lourenço Assis, validou o gol.

Quando tudo parecia perdido, e as únicas vozes ouvidas no estádio eram da pequena torcida da seleção de Itarana (BA), que percorreu 40 km para prestigiar os conterrâneos, o único gol dos campeões da edição 2009 saiu dos pés de Max, aos 35 minutos. Ele tinha entrado no segundo tempo para substituir Rai. O placar final da partida foi fechado em 2 a 1. "Finalmente tive a chance de mostrar o meu talento, apesar de não ganharmos esse jogo, tenho certeza que posso colaborar mais para vencer os próximos e conquistarmos o bicampeonato", disse, emocionado, o garoto Max.

Desde 2007, a Sudesb promove diversas copas de futebol sub-17, como mecanismo de inclusão social, pois além de revelar craques e proporcionar o primeiro emprego, costuma afastar os jovens das drogas e de outros comportamentos negativos. Em 2009, mais de vinte garotos com idade, igual ou inferior a 17 anos, foram revelados para grandes clubes do Brasil e do exterior. "Sem dúvidas, não apenas o futebol, mas o esporte, como um todo é essencial na vida do jovem, que através dele se mantém longe da violência e do tóxico", ressaltou o prefeito de Planaltino, que fez questão de acompanhar toda partida.