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A histórica cidade de Cachoeira, a 110 km da capital, dá início nesta
terça-feira, 1º de junho, as festividades pelos 188 anos de sua
independência ddo jugo portugues. As comemorações em Cachoeira também
marcam a abertura das celebrações em homenagem ao Dois de Julho no
Recôncavo Baiano. Até o Dois de Julho, acontecem várias atividades
cívicas para comemorar o 25 de junho, a Data Magna de Cachoeira e a
Independência da Bahia.
As festividades desta terça-feira começam às 19h30min, em frente o
prédio da Câmara de Vereadores, com a tradicional levada dos mastros
por autoridades e populares, para os bairros do Caquende e Ponta da
Calçada, com a participação centenária filarmônica Lyra Ceciliana. Os
mastros carregados pelos vereadores e pelo prefeito Fernando Antônio
da Silva Pereira (PMDB) serão fincados nesses dois locais e ali
permanecerão até o final das comemorações da Independência de
Cachoeira.
O presidente da Câmara de Vereadores Carlos Menezes Pereira (PMDB)
explica que o ato cívico da levada dos mastros, "simboliza a
delimitação do território livre de Cachoeira do jugo de Portugal, após
a proclamação pela Câmara de Vereadores de Cachoeira do príncipe D.
Pedro como Regente Perpétuo do Brasil, há 188 anos no dia 25 de junho
de 1822".
"Homens, mulheres e crianças costumam acompanhar o cortejo junto com
as autoridades demonstrando sentimento cívico e o orgulho por ter
acontecido em Cachoeira, a primeira batalha pela Independência da
Bahia", acrescenta Carlos Pereira.
"Nós, cachoeiranos, festejamos a vitória que a resistência da
população conquistou contra as investidas de uma canhoneira lusitana
fundeada no Rio Paraguaçu por vários dias, cuja tropa tinha a missão
de acabar com o movimento pela libertação da Bahia que agitaram
Cachoeira naquele junho de 1822", orgulha-se o escultor Fory, que
desde criança participa de todos os atos em homenagem à Independência
de Cachoeira.
A programação cívica que começa nesta terça-feira relembra os atos
heróicos dos cachoeiranos que em 1822 enfrentaram, com armas, os
soldados portugueses comandados pelo general Madeira de Melo, que
tentava sufocar o movimento insurrecional instalado na então Vila de
Nossa Senhora do Rosário do Porto da Cachoeira, contra a ocupação dos
portugueses. Considerada como a mais importante Vila da Bahia daquela
época, Cachoeira foi sede das forças revolucionárias que lutaram pela
Independência da Bahia.
Pelos feitos heróicos de seu povo, o Imperador D. Pedro I, em 1837,
elevou a antiga Vila de Nossa Senhora do Rosário do Porto da
Cachoeira, à categoria de cidade com a denominação de Heróica Cidade
da Cachoeira. Em reconhecimento a importante participação dos
cachoeiranos nas lutas pela independência da Bahia, o governo do
estado é transferido simbolicamente para Cachoeira no dia 25 de junho.