Após um sobrevôo de helicóptero realizado nesta terça-feira (25) sobre a orla de Salvador, o prefeito João Henrique afirmou ter ficado "estarrecido com as condições de degradação das barracas".

Atendendo a uma decisão da Justiça Federal e diante das condições insalubres e de agressões ao meio ambiente provocados pelos equipamentos instalados na areia da praia, a Prefeitura de Salvador tem sido firme na decisão de acabar com as ocupações nesta área.
 
"Em primeiro lugar, respeitamos a dignidade dos barraqueiros e por isso providenciamos transporte para seus pertences, e nossa proposta inclui a relocação deles para os calçadões. Mas a areia deve ser dos banhistas, conforme o projeto Orla da União, do Governo Federal", ressaltou o prefeito. Ele lembrou que, recentemente, foram retiradas barracas das areias em Angra dos Reis, Porto Seguro e Praia do Francês, em Alagoas.

João Henrique ficou perplexo com um relatório fotográfico que recebeu onde se revelavam verdadeiras estruturas subterrâneas de alvenaria nas barracas de praias e equipamentos com mais de uma fossa, configurando uma total agressão ao meio ambiente.

E, no sobrevôo de hoje, o prefeito constatou a favelização e poluição visual das barracas, em péssimo estado de conservação, afugentando, desse modo, banhistas soteropolitanos e turistas. O secretário de Serviços Públicos e Prevenção à Violência (Sesp), Fábio Motta, também participou do sobrevôo.

No próximo dia 2 de junho, representantes da Prefeitura terão uma reunião na Justiça Federal com membros do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), Ministério Público e Patrimônio da União. Contando com a anuência desses entes públicos, a Prefeitura vai apresentar à sociedade o Projeto de Revitalização da Orla, que estabelece a implantação de barracas nos calçadões, canteiros centrais e taludes, liberando a areia das praias totalmente para os banhistas.