Morreu nesta quinta-feira (20), aos 67 anos, o economista Francisco Gros. Ele morreu no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo.
Nascido em 21 de abril de 1943, no Rio de Janeiro, Francisco Roberto André Gros foi presidente do Banco Central em 1987 e novamente entre os anos de 1991 e 1992.
Entre 2002 e 2003, o economista presidiu a Petrobras. Entre outros cargos executivos, foi ainda presidente do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e da Aracruz Celulose.
Gros se formou em economia na Universidade Princeton, nos Estados Unidos, em 1964. Ele começou a carreira nos EUA mas voltou ao Brasil em 1975. Em 1977, foi trabalhar na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), onde foi superintendente, superintendente-geral e diretor.
Em 1981, voltou à iniciativa privada como diretor-executivo do Unibanco, cargo que exerceu até 1985. De 1985 a 1987, trabalhou no BNDES, onde foi diretor do banco e vice-presidente da BNDESPar.
Gros saiu do BNDES para assumir a presidência do BC, em 1987, cargo que exerceu novamente entre 1991 e 1992. Entre os dois mandatos, foi presidente da Aracruz Celulose de 1987 a 1989.
De 1993 a 2000, Gros foi diretor-executivo do banco Morgan Stanley Dean Witter. Em 2000, retornou ao BNDES como presidente do banco e também passou a integrar o conselho da Petrobras. Entre 2002 e 2003, foi presidente da Petrobras.
Banco Central
Na segunda passagem de Gros na presidência do BC, durante o governo de Fernando Collor de Mello, o economista atuou na abertura da economia brasileira.
Gros também conduziu as negociações que levaram em 1992 a acordos do Brasil com o Clube de Paris, pelo qual o Brasil renegociou suas dívidas com o grupo, e com o Fundo Monetário Internacional (FMI), pelo qual o país retomou contatos com o fundo, que haviam sido suspensos em 1987 com a moratória brasileira.