O feriado de Tiradentes foi de pânico e muita tensão em Brumado, causada por uma rebelião de grandes proporções que aconteceu na sede da 20ª Corpin de Brumado.
A rebelião se iniciou por volta das 8 horas e o motivo foi a transferência da visita aos presos que seria nesta quarta feira (21).
Os presos, de forma furiosa, começaram a destruir todo setor de carceragem e fazer diversas exigências.
A equipe de jornalismo online do AcheiBrumado acompanhou a rebelião, desde os primeiros momentos, e presenciou todo o drama que viveram os parentes dos presos, que mostraram visível desespero, pois a situação realmente foi extremamente delicada.
A carceragem da Delegacia que tem capacidade para 27 presos, abriga atualmente, 68 detentos, mais que o dobro da capacidade, o que é o grande motivo para as sucessivas rebeliões.
A discussão da instalação de um Presídio volta ao topo das discussões, porque, como uma morte anunciada a situação da cadeia pública é um barril de pólvora à beira de uma grande explosão.
Há cerca de cinco anos atrás Brumado iria receber um Complexo Prisional, mas a situação ganhou contornos políticos e o grupo de oposição ao prefeito Eduardo Vasconcelos, que foi um fervoroso defensor da implantação do presídio em Brumado, conseguiu mobilizar a opinião pública para que se posicionasse contra a instalação.
Hoje a situação de uma morte anunciada faz com que a população brumadense fique em pânico e, especialmente os moradores próximos à delegacia, vivam em estado de alerta, devido às sucessivas rebeliões.
Os rebelados exigiram a presença do juiz e de promotores públicos, para iniciarem a negociação.
As negociações com os rebelados foi comandada pelo tenente Marcus Vinicius Souza, o qual possui um curso de intermediador pela SWAT e dirigiu as negociações até que chegassem os representantes da Justiça.
O juiz Bernardo Lubambo e o promotor Leandro Meira, estiveram presentes e assumiram a negociação com os presos e fizeram todos os esforços para que a situação tivesse um final pacífico.
A liderança do motim, com a presença do juiz e do promotor, prometeu que os presos iram se render, desde que a justiça e a imprensa estivem presentes para garantir a segurança dos mesmos.
No momento do fechamento desta matéria a CAESG chegou para comandar a operação de entrada na carceragem e, ao que tudo indica, tudo será resolvido, através do diálogo, sem uso da força policial.