Salvador

JOVEM QUE LEVOU SUSPEITO DE MATAR GLAUCO DIZ QUE FOI RENDIDO

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| 14/03/2010 às 18:24
O estudante Carlos Eduardo Sundfeld, conhecido como Cadu e suspeito de ter matado o cartunista Glauco Villas Boas e seu filho Raoni Villas Boas, teria rendido o jovem Felipe Iasi, 23 anos, e o obrigado a levá-lo até a casa das vítimas, em Osasco, na Grande São Paulo. Segundo o advogado de Felipe, Cássio Paulette, Cadu teria ligado momentos antes para seu cliente e o convidado para se encontrarem, "um programa normal de jovens, sair para conversar e beber" na noite de sexta-feira (12).

"Felipe recebeu um telefonema de noite e se encontraram. Cadu entrou no veículo, apontou uma arma e o obrigou a levá-lo até a residência das vítimas", contou Paulette. Felipe Iasi se apresentou à polícia de Osasco, na tarde deste domingo (14).

Paulette conformou que Cadu teria rendido a enteada de Glauco e, assim, atraído toda a família. O advogado nega que Felipe tenha ajudado o suspeito na fuga após o duplo homicídio.

"Assim que Raoni chegou, a discussão foi retomada, Felipe viu uma oportunidade e fugiu. Ele só ficou sabendo do homicídio no dia seguinte", contou Paulette. Segundo o advogado, o jovem repetia que era "Jesus Cristo na Terra" e falava "coisas desconexas". "Parece alguém vítima de um surto psicótico ou uso abusivo de drogas (...) Tudo leva a crer que ele teria usado drogas", disse.

Paulette informou ainda que Cadu e Felipe se conheceram há menos de dois meses e que seu cliente não sabia quem era Glauco. Felipe teria presenciado a coronhada que Cadu deu na viúva de Glauco, Bia, o soco dado no cartunista e o início da discussão com Raoni. Cadu teria mantido toda a família de Glauco e o próprio Felipe sob a mira de um revólver durante todo o tempo.

"O carro não foi usado na fuga. As imagens da câmera de segurança da casa dele [Felipe] e os horários podem comprovar isso", disse o advogado. O carro de Felipe Iasi foi apreendido pela polícia o veículo, um Gol cinza escuro. Segundo testemunhas, o carro foi usado na fuga de Cadu.

Paulette não respondeu se seu cliente seria usuário de drogas. "Na minha época, bebia-se. Hoje, fuma-se maconha. Não me aprece que ele [Felipe] faça nada que exceda à conduta normal de um jovem", afirmou.