"Assim que Raoni chegou, a discussão foi retomada, Felipe viu uma oportunidade e fugiu. Ele só ficou sabendo do homicídio no dia seguinte", contou Paulette. Segundo o advogado, o jovem repetia que era "Jesus Cristo na Terra" e falava "coisas desconexas". "Parece alguém vítima de um surto psicótico ou uso abusivo de drogas (...) Tudo leva a crer que ele teria usado drogas", disse.
Paulette informou ainda que Cadu e Felipe se conheceram há menos de dois meses e que seu cliente não sabia quem era Glauco. Felipe teria presenciado a coronhada que Cadu deu na viúva de Glauco, Bia, o soco dado no cartunista e o início da discussão com Raoni. Cadu teria mantido toda a família de Glauco e o próprio Felipe sob a mira de um revólver durante todo o tempo.
"O carro não foi usado na fuga. As imagens da câmera de segurança da casa dele [Felipe] e os horários podem comprovar isso", disse o advogado. O carro de Felipe Iasi foi apreendido pela polícia o veículo, um Gol cinza escuro. Segundo testemunhas, o carro foi usado na fuga de Cadu.
Paulette não respondeu se seu cliente seria usuário de drogas. "Na minha época, bebia-se. Hoje, fuma-se maconha. Não me aprece que ele [Felipe] faça nada que exceda à conduta normal de um jovem", afirmou.