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O Colégio Estadual Ângelo Magalhães, localizado no município de Teixeira de Freitas, no extremo sul baiano, está prestes a ser fechado pelo governo Jaques Wagner (PT). A denúncia foi feita ontem, em Brasília, pelo deputado federal ACM Neto (DEM), que foi procurado por professores da histórica instituição de ensino, fundada em 1983 e que hoje possui mais de 800 alunos. A decisão de fechar a escola foi publicada pela Secretaria da Educação no último dia 5, no Diário Oficial do Estado, alegando "baixa demanda de matrícula".
"Uma escola que possui 850 alunos matriculados para este ano não tem baixa demanda de matrícula. Essa é uma atitude criminosa de um governo que, além de não ter inaugurado novas escolas e de não contratar professores, decide também fechar unidades públicas de ensino de forma arbitrária", denunciou o parlamentar na Câmara Federal.
ACM Neto recebeu um manifesto da equipe do colégio, que acredita haver motivação política na decisão da Secretaria de Educação. "Os professores e funcionários da escola acreditam que a Direc de Teixeira de Freitas queira acabar com a escola só porque ela foi batizada em homenagem ao ex-deputado Ângelo Magalhães, afinal a unidade de ensino recebeu investimentos recentes, tendo, inclusive, sua biblioteca restaurada", afirmou o parlamentar.
MANIFESTO
No manifesto, o equipe do colégio questiona as razões do governo Wagner. "Como um colégio com média de 850 alunos matriculados pode ser fechado por baixa matrícula? Temos 9 salas na escola funcionando com média de 40 alunos nos turnos matutino e vespertino e noturno", afirmam os professores e funcionários da escola, que atende também a trabalhadores advindos da zona rural e imediações de Teixeira de Freitas.
O manifesto também rebate a decisão do governo de transferir os equipamentos e os alunos matriculados para outra unidade pública de ensino. "Como explicar a junção virtual de duas instituições escolares que permaneceram separadas por um muro, tendo a instituição extinta maior espaço físico, melhores condições físicas, laboratório de informática equipado e adequado, auditório e outros recursos, enquanto a instituição que recebe não possui tais estruturas e equipamentos?".
O deputado vai encaminhar ofício à Secretaria da Educação da Bahia pedindo explicações sobre o fechamento da escola. "Esperamos que o governo do estado não cometa mais esse crime. Fechar uma escola que foi recentemente reformada e que presta um serviço de qualidade é um retrocesso incomensurável. O que a Bahia precisa é de novas escolas, pois as nossas crianças e jovens precisam passar o maior tempo possível dentro de sala da aula e longe das ruas", ressaltou o parlamentar.