Os servidores do Hospital de Base Luis Eduardo Magalhães, em Itabuna entraram em greve na manhã desta segunda-feira, 22, por tempo indeterminado. A categoria reivindica o pagamento dos salários atrasados há dois meses, além de um calendário de pagamentos. A unidade hospitalar conta com cerca de 40% do efetivo funcionando, mas a movimentação no pronto-socorro é intenso. Há pacientes reclamando da demora do atendimento.

De acordo com a presidente do Sindicato dos Servidores Municipais de Itabuna, Carla Lúcia, a paralisação foi iniciada porque os servidores não têm data específica para receber o pagamento dos salários, que estão atrasados. "O repasse do salário está atrasado e não existe um dia fixo para recebê-lo", disse a presidente.

Uma reunião para o próximo dia 25 de fevereiro foi marcada com o Secretário de Saúde Antônio Vieira para negociar a situação dos servidores. Mas Carla Lúcia declarou que se as reivindicações não forem atendidas, a categoria irá decretar greve por tempo indeterminado.

REDUÇÃO

A greve no Hospital de Base Luís Eduardo Magalhães (Hblem) reduziu a 40% o número de funcionários em serviço neste primeiro dia de paralisação contra atraso no pagamento de salário e no fornecimento de vale-transporte. Os trabalhadores exigem, ainda, a fixação de calendário de pagamento.

Os quase 600 servidores do maior hospital público do sul da Bahia ainda não receberam o salário de janeiro. Ainda nesta manhã, o secretário municipal de Saúde, Antônio Vieira, tentou negociar com os servidores, mas não obteve êxito. Eles querem o dindin pingando na conta e, pelo menos, o calendário fixo de pagamento.

As filas de pacientes à espera de atendimento são ainda maiores que as formadas em dias normais no Hospital de Base. Os usuários do SUS irritam-se com a demora de mais de três horas para serem atendidos.