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A direção da APLB de Porto Seguro e comitiva saíram da reunião com o secretário da Segurança Pública, César Nunes, sem novidade sobre o crime que abalou o município, com o assassinato dos professores e dirigentes sindicais Álvaro Henrique e Elisney, faz quatro meses.
Acompanharam o encontro os deputados petistas Zé Neto e professor Valdeci, deputado federal Luis Bassuma (PV) e o presidente da CUT, Martiniano Santos. Na reunão, que levou 30 minutos,o secretário César Nunes informou que a investigação corre em segredo de justiça e que por isso não poderia revelar nada sobre a apuração, mas no início do mês foi ouvido o secretário de governo, Edésio Lima, sobre quem recai muitas suspeitas, principalmente depois que o seu motorista foi também assassinado de forma misteriosa.
Para o presidente da APLB de Porto Seguro, Jurandir Nascimento, "forças políticas conhecidas procuram impedir as investigações e punição dos mandantes e executores dos crimes, mas a sociedade do município e a Bahia não vão permitir que isso aconteça". Ele cobrou do secretário César Nunes mais empenho nos trabalhos e apoio ao delegado Evi Paternostro, que apura o caso, para a elucidação dos crimes e punição dos culpados.
O deputado Luis Bassuma, que acompanha o caso desde que ocorreu os assassinatos, pediu aos deputados petistas que sejam coerentes com o passado deles (Zé Neto e professor Valdeci) e façam com que o governo Wagner se empenhe de verdade nesse e em outros casos para mostrar à Bahia que crimes de mando e sob orientação política não têm mais lugar no Estado. Segundo ele, depois do assassinato do motorista do secretário Edésio Lima, ficou claro a natureza política dessa violência que abateu pais de famílias e que uma máfia age para abafar o caso.
Bassuma e os professores defenderam a realização de uma audiência pública da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados em Porto Seguro e uma ação mais enérgica do governo estadual.