Salvador

ITABUNA USA 1500 SERVIDORES VOLUNTÁRIOS NO COMBATE À DENGUE NO VERÃO

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| 09/01/2010 às 13:07
Floretino Souza diz que a luata contra dengue já dura mais de 15 anos
Foto: Waldyr Gomes
  (Por Kleber Torres)

 

O prefeito de Itabuna, Capitão Azevedo, recebeu do secretário da Saúde, Antônio Vieira, o Plano Emergencial de Ações Contra a Dengue, aprovado em primeira instância pelo Conselho Municipal da Saúde. O documento contempla a mobilização de 1500 servidores voluntários, que vão realizar um trabalho educativo junto à comunidade, e prevê a intensificação dos trabalhos de campo, executados por 240 agentes de endemias e equipes de supervisão, com o apoio de nove veículos.


Segundo o diretor do Departamento de Vigilância à Saúde, Florentino Souza Filho, Itabuna vem lutando contra a dengue há 15 anos e, a cada ano, as atenções têm de ser redobradas, a partir da sensibilização e de uma parceria com a população. "Como medida de impacto, estamos concluindo agora o sexto ciclo de combate ao mosquito, e a partir do dia 16, vamos cobrir toda a cidade com o apoio de servidores voluntários, que vão iniciar um trabalho educativo com visitas domiciliares e distribuição de material informativo sobre os cuidados para a prevenção da dengue", explicou.


O diretor observa que a situação está sob controle e, que na primeira semana deste ano, foram informados 17 casos para exames laboratoriais, dos quais 16 de Itabuna, com suspeita de dengue clássica, e de um paciente de Ibicaraí, com suspeita de dengue hemorrágica.  Em 2009, no mesmo período foram confirmados 50 casos de dengue na cidade.


       Florentino Souza Filho ressalta que nos casos registrados agora não se configura surto em nenhum bairro, mas casos isolados no centro, Santo Antônio, Mangabinha, Antique, Fátima, Pontalzinho, São Pedro, Jaçanã, São Caetano, Vila Anália, Banco Raso e Vila Zara. "O importante é que estejamos atentos e mobilizados para ações de campo", complementou.


O diretor da Vigilância à Saúde salienta que o Plano Emergencial inclui ações para a eliminação mecânica dos focos, com a cobertura de depósitos de água, eliminação de vasilhames, perfuração de pneus e vasos plásticos. Um fato importante, segundo ele, é que até o último ciclo de combate ao mosquito foi utilizado o larvicida Temefóz, que este ano será substituído pelo Diflubenzuron, um derivado da uréia, substância biodegradável, não metabolizada por plantas e não-tóxica, ou seja, não causa qualquer dano ao meio ambiente. A Secretaria Municipal da Saúde realiza, no período de 11 a 13 deste mês, no auditório da FTC, o treinamento das equipes de agentes de endemias, que vão receber orientação especifica sobre o manuseio e diluição do produto.


O que fazer para evitar

o mosquito da dengue


Como não existem formas de se erradicar totalmente o mosquito transmissor, a única forma de combater a doença é eliminar os locais onde a fêmea se reproduz. Eis algumas dicas de ações essenciais:  

 - Não deixar a água se acumular em recipientes como, por exemplo, vasos, calhas, pneus, cacos de vidro, latas etc;

- Manter fechados os depósitos de água, poços e cisternas;

 - Não cultivar plantas em vasos com água. Usar terra ou areia nestes casos;

 - Tratar as piscinas com cloro, fazendo a limpeza frequente. O ideal é deixá-las cobertas ou vazias quando não for usar por um longo período;

 - Manter as calhas limpas e desentupidas;

- Avisar um agente público de saúde do município, caso exista alguma situação onde há o risco de proliferação da doença.