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Ativistas estendem a bandeira verde que representa o símbolo da "Canabis", no Farol da Barra
Foto: BJÁ
Um grupo constituido por jovens em sua maioria, adultos e coroas participou neste final de tarde de sábado, 5, entre o Farol e o Porto da Barra da Marcha da Maconha defendendo a correção do que consideram uma injustiça a aprovação em março deste ano pelo Conselho Nacional de Políticas sobre Drogas - CONAD - um parecer científico, com dados forjados, para justificar a proibição do uso da droga.
Portando cartazes pregando a paz e o cultivo doméstico da maconha os atividades usaram até um velho chavão de campanhas eleitorais com o grito de guerra "1,2, 3, 4, 5.000 queremos a maconha liberada no Brasil" orientados pelo pesquisador e antropólogo Sérgio Vidal, um dos integrantes da marcha. Estima-se que cerca de 400 a 500 pessoas participaram do evento.
A primeira marcha da maconha aconteceu em Nova Iorque, em 1999, e nesses dez anos de "lutas" para que a droga seja liberada para consumo doméstico, os ativistas arguem que não existem provas científicas de que a "canabis sativa", nome científico da planta, seja prejudicial à saúde. Essa planta é usada pela humanidade há mais de 12.000 anos com fins recreativos, medicinais, religiosos e industriais.
A marcha foi liberada em Salvador pela 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça entendendo, por acordo, ser a marcha um espaço para discussão sobre o tema da liberação da maconha entre diversos setores da sociedade. Hoje, há uma liberação "consentida", pois, o consumo doméstico da maconha tem sido frequente em Salvador, especialmente no point do Porto da Barra.
O que se viu nesta tarde e início de noite no Farol da Barra foi, de fato, uma manifestação pacífica com pouca repercussão entre as pessoas que circularam no local, com jovens entendendo que a maconha é a planta da paz e que o auto-cultivo não faz mal algum. Aliás, esse foi o acerto com o TJ para que a marcha não incitasse o uso da droga, mas a discussão do problema com a sociedade. Ele existe e não pode ser jogado embaixo do tapete.