Foi assinado nesta sexta-feira, 13, na presença de autoridades federais, estaduais e municipais, o Termo de Concessão de Uso da Estação, entre a Fundação Iraci Gama - FIGAN - presidida por Iraci Gama, o diretor de Fiscalização da Via Permanente (FCA), João Paulo Santana, o Superintendente regional do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), Carlos Amorim, a Superintendente regional do Patrimônio Geral da União (PGU), Vera Lucia Vilas Boas, o Diretor do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural do Estado (IPAC), Frederico Mendonça, além de secretários e funcionários municipais.

         "Olhe só que bonito", disse a professora Iraci Gama: "Os governos tem colocações partidárias distintas, mas estão envolvidos com as mesmas causas", falou voltando-se ao Prefeito Paulo Cezar e ao diretor do IPAC, órgão que recuperou o telhado da Estação. E concluiu: "É por isso que sei que agora as coisas vão dar certo", concluiu.

         O museu resguarda a história da Ferrovia e da própria cidade, com documentos, fotografias e objetos históricos. O espaço passa a ser aberto a público novamente, que pode conhecer o acervo gratuitamente, durante a semana, em turnos alternados, a partir desta segunda-feira, 16, à tarde. Ainda na Estação, a professora acompanhou os presentes em uma tour pelos demais galpões da ferrovia.

        
       Assinatura do Termo 

     Já na Câmara dos Vereadores, a diretora da FIGAN abriu a sessão, seguida do vereador Alfredo Meneses, que representando a Câmara, agradeceu a todos, em especial a Secretária Sônia Fontes, que segundo ele "vem se destacando como uma excelente gerente de projetos".

         Em seguida, a Superintendente Ana Lucia Villas Boas afirmou que foi a paixão da Professora Iraci Gama que levou àquela cessão de uso. Ela destacou a vontade explícita do Prefeito de resguardar a história de Alagoinhas e lembrou que "honrar a história e um privilégio".

         O Diretor da FCA, João Paulo Santana, abriu sua fala com uma frase de Raul Seixas, onde o músico afirma que "sonho que se sonha só é só um sonho que se sonha só, mas sonho que se sonha junto é realidade", referindo-se à união dos órgãos presentes na iniciativa deste primeiro passo para a recuperação da imponente Estação Férrea de Alagoinhas.

         Carlos Amorin, representando o IPHAN, falou sobre o processo de reconhecimento da importância dos patrimônios públicos em que passa o país. Fez questão de ressaltar o empenho do Prefeito e da professora Iraci para que houvesse a concessão do uso provisório da Ferrovia por parte da Prefeitura, com o apoio do IPHAN.

         Numa fala breve, o Diretor do IPAC, Frederico Mendonça, falou discorreu também sobre a importância da preservação dos patrimônios públicos e elogiou o Prefeito Paulo Cezar pelas iniciativas no âmbito cultural. "É uma alegria perceber que uma gestão municipal tenha essa consciência da importância do patrimônio cultural para a construção da identidade de um povo", afirmou.

         "Estamos falando de uma das cidades mais importantes da Bahia, porque Alagoinhas é um pólo e tem condições de dar exemplos a outros municípios, com atitudes como esta", disse Frederico. O Secretário Municipal de Cultura, Luis Ornelas, o Barão, fez em seguida o seu pronunciamento, mostrando-se satisfeito de fazer parte de um governo preocupado com a preservação de sua história.

         Barão disse ainda que o diálogo com a Superintendência dos Desportos do Estado da Bahia - Sudesb está adiantado e que, certamente, ainda nos primeiros meses de 2010, será concedida também ao município, a cessão de uso do Ginásio de Esportes de Alagoinhas.

         A assinatura do termo precedeu o pronunciamento do Prefeito Paulo Cezar, o qual, agradeceu a todos pela parceria para a concretização de tantas realizações em seu governo. Paulo Cezar falou sobre a importância da Estação Férrea no desenvolvimento da cidade e principalmente, a importância de preservar essa história. "Não tem como pensar na história da cidade sem pensar na história da Ferrovia", enfatizou.

         Para encerrar a solenidade, o presidente do Movimento Trem de Ferro/Ver de Trem, Gilson Vieira, recitou um poema escrito em 2004, quando a ferrovia brasileira completou 150 anos. O poema homenageia o Barão de Mauá, precursor do movimento ferroviário no Brasil nascido em 1813, oriundo de família simples como o Prefeito Paulo Cezar e que se transformou num dos grandes políticos que esse país já viu.