Sem se identificar, o motorista contou que tinha acabado de estacionar, descendo para ir ao banheiro quando três homens chegaram em um carro Pólo. Dois deles saíram do veículo, subiram no ônibus e jogaram gasolina. O cobrador recebeu ordens de abandonar o local e, em seguida, atearam fogo. As chamas se espalharam de forma rápida. Não havia passageiros, mas quatro pessoas aguardavam pelo início da viagem no ponto.
O Corpo de Bombeiros foi chamado para apagar o fogo. De acordo com o surpevisor da Central, Agenor Borges, a empresa ainda não sabe o que fazer diante do prejuízo de três coletivos perdidos e que não estavam no seguro. A estimativa do Sindicato das Empresas de Ônibus (Setps) é que cada ônibus custe cerca de R$ 250 mil.
No caso da Central, afirma o supervisor, os veículos seriam novos e teriam sido fabricados nos anos de 2000, 2008 e 2009. Borges lamentou ainda que esse tenha sido o segundo ônibus atacado na mesma linha Águas Claras - Campo Grande. O primeiro foi na última terça-feira, próximo do posto de gasolina Caramuru.
Medo - Um policial civil que estava em Águas Claras na manhã desta sexta-feira contou que, desde a noite da última quinta, o clima está tenso nas delegacias. Três homens foram presos sob acusação de estarem planejando uma invasão na 2ª Delegacia (Lapinha). Sem se identificar, o policial disse que os agentes de plantão têm permanecido armados durante toda a noite depois de denúncias anônimas apontarem para um possível ataque à Delegacia de Furtos e Roubos.
Com os homens presos, foram encontrados um revólver calibre 38, uma pistola 380 e grande quantidade de drogas. Eles também são suspeitos de participarem do ato criminoso contra o módulo policial do Largo do Tamarineiro, no Pau Miúdo, na noite de quarta-feira.
Ataques - Já na quinta-feira, por volta das 22h, outro ataque aconteceu no fim de linha de Pero Vaz com o incêndio de um micro-ônibus da empresa Rio Vermelho. Segundo testemunhas, dois homens armados, sendo um deles menor de idade, chegaram a pé e aproveitaram o momento em que o motorista parou na Rua Doutor Eduardo Santos para mandar que ele e os dois passageiros que viajavam no coletivo descessem.
Os homens derramaram produto inflamável e atearam fogo no coletivo, que fazia a linha Pero Vaz-Lapa. Ninguém ficou ferido, mas algumas casas próximas ao local tiveram pequenos estragos, como disjuntor queimado e paredes danificadas. Os bandidos conseguiram fugir.