Um ônibus da empresa Litoral Norte foi incendiado na localidade de Mapele, sentido Ilha de São João, por volta das 12h desta terça-feira (8). Segundo informações da Central de Telecomunicações das Polícias Civil e Militar (Centel), ainda não se sabe se o incêndio tem relação com os ataques de bandidos a módulos e viaturas policiais.
Dois homens foram presos na manhã desta terça-feira, 8, suspeitos de integrar a quadrilha que desde a última segunda-feira, no feriado de 7 de Setembro, metralhou módulos policiais e incendiou coletivos em Salvador. O nome dos acusados e os detalhes da prisão serão "revelados em breve", como afirmou o secretário de Segurança Pública, César Nunes, em coletiva à imprensa, na manhã desta terça, na sede da Polícia Civil, na Piedade.
Questionado por que os módulos policiais não foram esvaziados antes dos ataques, Nunes disse que não poderia "despoliciar" a cidade diante de uma ameaça e que todos os policiais dentro dos módulos estavam com equipamentos necessários, como armas e coletes.
Nunes garantiu ainda que um delegado foi designado para cuidar exclusivamente dessa onda de atentados na capital baiana. Doze guarnições da Polícia Militar do interior permanecem na cidade para reforçar o quadro. Todas haviam sido deslocadas desde o início do mês, quando o traficante Cláudio Eduardo Campanha foi transferido a um presídio de segurança máxima no Mato Grosso do Sul.
Outra medida adotada é que os módulos permaneçam fechados e vazios. Os oficiais que atuavam nessas unidades passam a reforçar o policiamento nas ruas. Nunes reafirmou que os atentados foram motivados pela transferência de Campanha para outro presídio e enfatizou que todos os líderes do tráfico presos serão transferidos para prisões federais em outros estados para coibir a atuação de quadrilhas. "Hoje temos quase todos os líderes do tráfico na Bahia presos. E vamos manter essa estratégia para desarticular o tráfico de drogas", disse.