Salvador

ASSASSINO CONFESSO DA MÉDICA RITA DE CÁSSIA SE ENFORCA NA PRISÃO

Vide
| 05/09/2009 às 06:05
A polícia encontrou o corpo de Gilvan Cléucio de Assis, 39 anos, em uma cela da Delegacia de Homicídios de Salvador, na noite desta sexta-feira (4). Segundo a Secretaria de Segurança Pública da Bahia, ele teria confessado a morte da médica paulista Rita de Cássia Tavares Giacon Martinez, 39 anos, em 6 de agosto deste ano.

Ela  foi encontrada morta na região de São Sebastião do Passé (BA). A investigação confirmou que ela e a filha tinham sido sequestradas depois que saírem de um shopping, onde foram fazer compras para o Dia dos Pais. A vítima foi espancada antes de morrer e a criança foi abandonada junto com o carro da pediatra, que morava na Bahia desde 1999


Ainda de acordo com Secretaria de Segurança, o suspeito tinha participado da reconstituição do crime na manhã desta sexta-feira. 


Segundo Joselito Bispo, delegado geral de polícia da Bahia, o suspeito morreu após se enforcar usando uma corda improvisada feita de lençóis e uma camisa. A cela onde ele foi encontrado morto passou por exames periciais.


Assis dividia a cela com um outro detento. Na cela que fica em frente estavam outros dois presos. Os três já prestaram depoimento para tentar esclarecer como ocorreu a morte.


Morte da médica

Os laudos concluem que que a médica foi morta com crueldade. Marcas no pescoço da vítima levaram os peritos a acreditar que o autor do crime tentou o estrangulamento com o colar que ela usava. Uma outra conclusão foi que a pediatra morreu em decorrência de lesões graves no tórax e principalmente na cabeça, depois de ter sido atropelada várias vezes.

Já o laudo cadavérico constatou que não houve consumação de violência sexual contra ela, embora o autor do crime tivesse tentado violentá-la. Os peritos não encontraram traços que indicassem um possível estupro. 


EM 40 DIAS


O laudo da perícia no corpo de Gilvan Cleucio de Assis, 39 anos, réu confesso do homicídio da pediatra Rita de Cássia Tavares Martinez, 39, será divulgado em 30 à 40 dias, de acordo com o delegado-chefe da Polícia Civil, Joselito Bispo, que concedeu entrevista coletiva neste sábado, 5. Gilvan foi encontrado morto nesta sexta com uma corda de lençóis em volta do pescoço. Ele estava dentro de uma cela da Delegacia de Homicídios.


Bispo disse que a polícia acredita em suicídio, por conta das circunstâncias em que o corpo foi encontrado e por não apresentar hematomas. O detento, José Cardoso dos Santos, que dividia a cela com Gilvan, disse que ele enrolou a corda de lençol no pescoço e pulou da cama.


Os irmãos de Gilvan acham que ele pode ter cometido suícidio por conta da pressão que viveu nesta sexta, quando foi realizada a reconstituição do assassinato da pediatra.