O secretário estadual de Desenvolvimento Urbano, Afonso Florense, e o presidente da Embasa, Abelardo Oliveira, garantiram, durante coletiva à imprensa nesta sexta-feira (0
4), no Restaurante Popular, Centro de Lauro de Freitas, que até o final desse segundo mandato da prefeita Moema Gramacho, a cidade terá 95% de suas unidades residenciais ligadas à rede de água e esgoto. Hoje são menos de 10%.

A coletiva serviu para detalhar o projeto de esgotamento sanitário assegurado ao município com recursos do PAC Saneamento da ordem de R$170 milhões.

A Embasa, responsável pelo projeto, deve enviar à Caixa Econômica Federal o cronograma das obras, e a instituição tem prazo de 30 dias para análises e sugestões ao projeto. Após esta avaliação, a Caixa habilita o projeto junto ao Ministério das Cidades, o que proporcionará o início das obras até o final do mês de novembro - o governo do Estado realizará os pagamentos no prazo de 20 anos.

As obras, que serão a maior intervenção já realizada na cidade, beneficiarão cerca de 156 mil pessoas, com a construção de uma rede coletora de esgoto de 235 quilômetros. Serão 25 estações elevatórias e mais 25 mil novas ligações domiciliares que se ligarão ao coletor tronco da cidade, que deverá ter 17 quilômetros de extensão.

PAPEL DA PREFEITURA

O secretário de Desenvolvimento Urbano, Afonso Florense, enfatizou que a vinda dos recursos para Lauro de Freitas se deu sobretudo por conta dos esforços das atual gestão, desde 2007. "Sem o papel da prefeita, estes recursos não teriam vindo", afirmou o secretário. Os esforços da prefeita Moema Gramacho foram de encontro às pretensões do governo do Estado, assumidos na campanha, e que já resultam no maior e mais arrojado programa de saneamento básico no Brasil, com investimentos da ordem de R$ 2,450 bilhões, com a realização de 298 obras em 248 municípios do estado.

Foi apontada, entretanto, a necessidade da parceria entre a prefeitura,  governo do Estado e sociedade civil, para conscientizar a população sobre os inevitáveis transtornos que serão causados pelas obras de saneamento básico. "As obras de esgotamento causam muito transtorno, já que serão cortadas as ruas e também serão feitas intervenções até as portas das casas. E vai chover, e vai fazer lama. E vai fazer sol, e vai fazer poeira", explicou o presidente da Embasa.

"Mas os benefícios serão muito maiores", salientou, citando as melhorias para as condições de saúde e qualidade de vida das pessoas, bem como a melhoria da qualidade da água que chega às casas, visto que haverá a despoluição dos mananciais que abastecem boa parte da Região Metropolitana.

PAULO JACKSON

Durante a coletiva, a prefeita Moema Gramacho batizou o PAC Saneamento em Lauro de Freitas em homenagem ao deputado Paulo Jackson, que ela classificou como "Pai das Águas" e se emocionou ao destacar que realiza o sonho de gestora de assegurar saneamento básico para a população.

Moema ressaltou que foi para ela um momento prazeroso socializar as informações sobre uma obra que poderá mudar a história e ser um marco para a urbanização da cidade, que sempre foi desordenada e desleixada com a preservação do meio-ambiente e a qualidade de vida de seus habitantes. "Saneamento é vida, e as pessoas em Lauro de Freitas poderiam ter melhor qualidade de vida se as administrações anteriores houvesse há mais tempo planejado o esgotamento", destacou a prefeita.  

Após a coletiva, a prefeita acompanhada de secretários e moradores, seguiram em carreata até o Rio Sapato, em Ipitanga, onde depositaram alevinos, num ato simbólico da esperança de rios livres da poluição.