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Regina Macedo, da AmarBarra, levou um listão de problemas e soluções para o bairro
Foto: BJÁ
O depoimento mais chocante sobre o "miserê" e o abandono em que se encontram a Barra e adjacências foi da presidente da Associação de Moradores do Bairro, AMABARRA, Regina Macêdo, a qual, disse, entre outras coisas, que o local é "alvo de assaltos, furtos e usuários de drogas" e que as Câmaras de Monitoramento solicitadas em junho, até hoje, o secretário de Segurança Pública, César Nunes, nada fez.
Segundo Regina, que falou na tribuna da Câmara Intinerante, existem só nas ruas Praguer Fróes e Marquês de Caravelas 41 linhas de ônibus trafegando de 15 em 15 minutos, com "engarrafamentos insuportáveis, depredação do patrimônio histórico, degradação do meio ambiente inclusive com lixo em excesso nos finais de semana sem o devido recolhimento".
Para a presidente da AMARBARRA, hoje, chamar o local de "cartão postal é hilárico", pois dominam usuários de drogas, moradores de ruas e deficientes físicos e mentais" sem que sejam tomadas providências pelas autoridades governamentais.
Regina comenta, ainda, que tudo acontece na Barra "um excesso de eventos, festinhas, corridas, caminhadas, etc, o que provoca frequentes mudanças no trânsito, engarrafamentos, transtornos para os moradores e lixo acumulado".
A presidente situa que grande parte dos bares e quiosques não são fiscalizados pela Prefeitura com manuseio de alimentos inadequadamente o que também ocorre nas praias do Porto e do Farol. "Vendedores não higienizados, sem camisa, sem equipamentos de proteção, vendem de tudo, de churrasquinhos a peixes fritos, e não há pias nem banheiros".
GUARDA MUNICIPAL
Sobre a Guarda Municipal a presidente destaca que "até agora não sabemos a que vieram. Bicicletas, skates e outros equipamentos rodam em cima dos passeios, cachorros nas praias disputando com banhistas, exposição de chapéus, cangas, sandálias, em cima das balaustradas", uma anarquia total.
Diante dos sons de festas e carros faltam repressão da Prefeitura e até uma festa de 2 de Julho foi realizada no bairro com a cantora Claudia Leitte. "O que tem a Barra com a história do 2 de Julho?", perguntou aos vereadores.
De acordo com Regina há soluções e só depende da vontade da Prefeitura. Até faz algumas indicações: "Reduzir linhas de ônibus, conter ambulantes, drogados e mendigos; transferir festas para Paralela, Aero Clube e outros locais mais espaçosos, caçar alvarás de "muquifos", colocar a GM e por ordem nas ruas".